O fundo imobiliário KNHF11, gerido pela Kinea, distribuiu R$ 1,00 por cota em dividendos no mês de junho de 2025, conforme relatório gerencial divulgado. O pagamento foi feito aos cotistas com base na performance de maio, mantendo a trajetória de alta nos proventos e reforçando o perfil de consistência do fundo.
A cota de mercado do KNHF11 fechou o mês a R$ 90,81, representando uma valorização superior a 21% nos últimos seis meses, segundo dados da B3. A cota patrimonial, por sua vez, está em R$ 99,00, o que indica um deságio de aproximadamente 8,3% sobre o valor de negociação.
Alocação da carteira: 64% em CRIs e 30% em imóveis físicos
O portfólio do KNHF11 é majoritariamente composto por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam 64% do patrimônio líquido, sendo 44% indexados à inflação (IPCA) e 19% ao CDI. A taxa média de marcação dos CRIs é de 12,12% ao ano, com forte presença de ativos pulverizados no setor residencial.
Além disso, 30% da carteira está alocada em imóveis físicos, com destaque para a aquisição de ativos como o Faria Lima Corporate e o Edifício São Luís, ainda em fase de pagamento. A precificação desses imóveis, avaliada anualmente, impacta a apuração do valor patrimonial, o que exige cautela ao analisar o P/VP em head funds.
Participações em fundos imobiliários ultrapassam R$ 250 milhões
A parcela investida em cotas de outros fundos imobiliários (FIIs) soma aproximadamente R$ 265 milhões, com alocações diversificadas nos setores de CRI, shopping, varejo, logística e residencial. A maior posição atualmente é no fundo KNSC11, também da gestora Kinea, com quase R$ 34 milhões investidos.
Durante o mês, o fundo zerou posições em BRCR11 e LVBI11 e reduziu participação em BRCO11. Em contrapartida, aumentou posições em fundos como BTLG11, ICR11 e CVBI11, além de novas alocações em produtos de incorporação residencial. A estratégia busca capturar ganhos com o duplo desconto: no mercado secundário e no valor patrimonial dos fundos adquiridos.
Proventos sustentáveis com reservas acumuladas
O fundo vem distribuindo dividendos crescentes desde fevereiro, com geração de caixa acima do valor pago. Em maio, o KNHF11 gerou R$ 1,20 por cota, mantendo uma reserva acumulada de R$ 0,82 por cota para suportar eventuais oscilações futuras. A distribuição de R$ 1,00 reflete o equilíbrio entre geração de resultado e prudência na gestão de caixa.
A liquidez do fundo permanece elevada, com aproximadamente R$ 160 milhões aplicados em instrumentos de caixa, como LCIs e compromissadas, parte dos quais será utilizada para quitar os R$ 200 milhões em obrigações remanescentes referentes à aquisição dos imóveis físicos.
Avaliação de mercado e perspectiva
Negociado a R$ 90,81, o KNHF11 apresenta uma relação risco-retorno atrativa, com spread médio de CDI + 5,16% nos CRIs e potencial valorização na carteira de FIIs estimada em até 55%, segundo o relatório gerencial. A gestão segue conservadora, com foco em ativos de alta qualidade, diversificação e uso estratégico das reservas.
O fundo continua a se destacar entre os multiestratégia, mesmo com parte do patrimônio “travada” na precificação anual dos imóveis físicos, o que pode distorcer temporariamente o P/VP. A transparência das alocações e o controle rigoroso do portfólio consolidam o KNHF11 como um dos produtos mais robustos do mercado de FIIs.
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