Com o cessar-fogo entre Irã e Israel trazendo um alívio temporário para os mercados, analistas recalibraram suas projeções e apontaram cinco ações com potencial de valorização, mesmo em um cenário ainda volátil. O petróleo voltou para a faixa dos US$ 65, o que reduziu o temor de colapso na receita da Petrobras, enquanto empresas como Aura Minerals, BR Partners, Vibra e Renner mostraram resiliência e perspectiva de crescimento.
Petrobras: dividendos continuam atrativos mesmo com petróleo a US$ 65
Apesar da queda no preço do barril, a Petrobras (PETR4) continua gerando caixa e deve distribuir cerca de US$ 7,3 bilhões em dividendos ordinários, o que equivale a um dividend yield de 9%, segundo o Santander. A CEO da estatal ainda sinaliza a possibilidade de dividendos extraordinários, mas isso exigiria um aumento de alavancagem — algo improvável no momento. O BTG Pactual reforça que o risco de pânico passou, e o ideal é manter foco no longo prazo.
Aura Minerals: BDR pode subir 40% com ouro em alta e listagem nos EUA
A queridinha da vez entre os analistas é a Aura Minerals (AURA33), que pode atingir R$ 70 até o fim de 2025, segundo a XP. A valorização esperada supera 40% sobre os níveis atuais. Além da alta no preço do ouro — responsável por 60% da recente valorização —, a empresa está expandindo projetos e prestes a abrir capital na bolsa americana. A produção anual pode chegar a 450 mil onças de ouro, e o papel segue descontado em relação ao lucro projetado.
BR Partners: retomada das fusões impulsiona ações
O banco de investimentos BR Partners (BRBI11) enfrentou um fim de 2024 mais cauteloso, mas com a retomada do mercado no início de 2025, voltou a crescer no setor de fusões e aquisições. Resultado: as ações já subiram mais de 20% no ano. A XP elevou o preço-alvo de R$ 19 para R$ 21 até o fim de 2026 e manteve recomendação de compra, destacando a atuação sólida da gestão liderada por Ricardo Lacerda.
Vibra: Lubrax impulsiona projeções de crescimento
Mesmo com ajuste no preço-alvo do Itaú BBA (de R$ 30 para R$ 29), a recomendação para a Vibra Energia (VBBR3) continua sendo de compra. A empresa deve recuperar participação de mercado, passando de 25% para 29% em três anos, o que pode adicionar R$ 1,4 bilhão ao lucro até 2028. A Lubrax, linha de lubrificantes da companhia, aumentou sua produção em 50% e já registra alta de 17% nas vendas este ano.
Lojas Renner: papel pode subir mais com resultados sólidos
Fechando a lista, o BTG Pactual destacou as ações da Lojas Renner (LREN3), que já acumulam alta de 54% em 2025. Ainda assim, os analistas elevaram o preço-alvo de R$ 20 para R$ 22 e mantiveram recomendação de compra. A varejista está em recuperação, com lucros projetados para crescer 15% ao ano. Além disso, integra a carteira ESG do banco, com foco em empresas sólidas e sustentáveis.
Mesmo diante de incertezas geopolíticas e econômicas, o mercado volta a enxergar oportunidades claras em ações com fundamentos sólidos. Petrobras segue relevante para dividendos, enquanto Aura, BR Partners, Vibra e Renner apresentam crescimento consistente e boas perspectivas. Segundo os analistas, o segredo está em olhar para o médio e longo prazo e manter a disciplina na escolha dos ativos.
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