RBVA11 mantém dividendos e reforça estratégia com ativos fora do setor bancário

O Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) anunciou, em 1º de julho de 2025, a manutenção do pagamento de R$ 0,09 por cota referente ao resultado de junho, conforme comunicado oficial aos cotistas. O fundo imobiliário, administrado pela Rio Bravo Investimentos, segue fortalecendo sua estratégia de reduzir a exposição a agências bancárias, diversificando o portfólio e priorizando ativos com boa localização para locação e valorização.

Atualmente, o RBVA11 detém 82 imóveis, totalizando cerca de 300 mil m² de área bruta locável (ABL). A vacância física do fundo é de 5%, um dos menores índices do segmento de fundos de lajes e agências. Com esse portfólio, o RBVA11 figura entre os três maiores fundos em número de imóveis no mercado brasileiro, atrás apenas de HGRU11, com 104 ativos.

Transformação do portfólio: menos bancos, mais varejo e serviços

Desde 2022, o RBVA11 tem trabalhado para diminuir sua dependência de contratos com bancos, historicamente responsáveis pela maior parte da receita. Dados do relatório gerencial de maio mostram que a Cogna Educação já é o maior locatário, substituindo instituições financeiras no topo da receita do fundo.

Atualmente, boa parte das agências devolvidas pelos bancos está sendo convertida para usos alternativos ou alienada, gerando lucro para os cotistas. Um exemplo recente é a venda do imóvel na Santa Cecília, que resultou em um ganho de capital de R$ 0,30 por cota, impulsionando o resultado acumulado do semestre.

Gestão ativa garante resultados mesmo sem reservas acumuladas

O fundo gerou em maio um resultado de R$ 0,13 por cota, dos quais R$ 0,09 foram distribuídos aos cotistas. Embora o saldo acumulado para distribuição esteja zerado, a gestão segue trabalhando em novas vendas e renegociações de contratos para sustentar a distribuição no patamar atual ou próximo a ele.

No semestre, a orientação (guidance) da gestão era manter os R$ 0,09 por cota mensais, e isso foi cumprido até junho. O próximo relatório deve esclarecer se a distribuição será ajustada para R$ 0,08 por cota, alinhada ao resultado recorrente do portfólio, ou se novas operações continuarão sustentando os R$ 0,09.

Alavancagem e amortizações sob controle

O RBVA11 mantém R$ 29 milhões em dívidas a pagar em 2025, com um custo médio de IPCA + 4,8% ao ano, considerado baixo no mercado atual. O cronograma financeiro e os fluxos de receita previstos indicam que o fundo tem caixa e receitas suficientes para cumprir suas obrigações, sem comprometer as distribuições aos cotistas.

A gestão aproveita o carrego positivo da dívida — situação em que os rendimentos dos ativos superam os custos da alavancagem — para potencializar os dividendos enquanto prorroga pagamentos sempre que possível.

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