A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, na tarde desta quinta-feira (3), que entrará com medida judicial contra a greve dos professores da rede municipal. A ação judicial ocorre após os trabalhadores da educação decidirem pela continuidade do movimento durante assembleia na Praça da Estação, na região Central de BH. Paralisação se estende há quase um mês.
Conforme a PBH, o recurso judicial é uma tentativa de interromper a paralisação e “evitar que milhares de alunos permaneçam sem aulas”, explicou em nota. Além disso, segundo o poder Executivo, a medida busca evitar a interrupção da alimentação ofertada nas escolas que estão funcionando normalmente ou de forma parcial.
A PBH também informou que o sindicato da categoria notificou sobre uma possível greve dos profissionais de cantina e limpeza a partir da próxima terça-feira (8).
O texto ainda esclarece que a PBH apresentou novas propostas à categoria durante a audiência realizada na última quarta-feira (2), mas não houve um acordo. “A PBH reafirma a impossibilidade de ultrapassar os limites financeiros já apresentados”, finalizou a nota.
Professores seguem em greve
Os trabalhadores da educação decidiram pela manutenção do movimento na tarde desta quinta-feira (3), em assembleia realizada na Praça da Estação, na região Central de BH. A mobilização também votou a favor do regime de “assembleia permanente”, com acampamento na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
A greve foi aprovada no dia 5 de junho. Os profissionais rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Executivo Municipal, que ofereceu um aumento de 2,49% aos educadores. O índice, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério para 2025, fixado em 6,27%.
A decisão de continuar a paralisação vem um dia após uma audiência de conciliação entre PBH e o comando da greve, realizada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. As partes não chegaram a um acordo durante o encontro, mas o sindicato sinalizou que está disposto a negociar a volta das atividades com um índice de reajuste que englobe os 2,49% já oferecidos + 2,4% (referente às perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022).
Durante a reunião no Tribunal de Justiça, a prefeitura reconheceu o valor das perdas inflacionárias, mas sugeriu que o aumento ficasse para maio de 2026 – proposta rejeitada pela categoria.
“Para os trabalhadores, a greve ultrapassa a questão salarial: representa também uma luta por dignidade, valorização profissional e respeito. É esse o sentimento que tem mantido a mobilização em alta e fortalecido a unidade da categoria”, diz o Sind Rede-BH em nota.
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