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Com discurso afiado, ela convoca para a caminhada do dia 25 de julho e para uma reflexão que não tem data para acabar. “É um dia de celebração e festa, mas também de luta e de memória. Quando falamos de bem-viver e reparação histórica, estamos falando de algo profundo, de cobrar o que nos devem aqueles setores sociais que guardam uma herança escravocrata e machista. O que queremos é revolucionar mesmo, no sentido de reconstruir a forma como vemos o mundo e como o mundo nos vê”, declara Beatriz.Além da caminhada, que é o ponto alto do Julho das Pretas, uma série de eventos ao longo do mês movimenta a grade oficial, que será divulgada nesta terça-feira, nas redes sociais do movimento (@julho_das_pretas). E, embora haja uma expectativa de recorde de atividades este ano, a programação é apenas um aquecimento para algo ainda mais grandioso.Em novembro, acontece a segunda edição da Marcha Nacional das Mulheres Negras, após um hiato de 10 anos. Em 2015, calcula-se que 100 mil tenham se reunido em Brasília. Este ano, a organização espera mobilizar um milhão.Dicas plurais:Evento: De 7 a 12 de julho, o Center Lapa recebe o Preta, você me inspira, que serve de aquecimento para a programação de 25 de julho. O público confere exposições, rodas de conversa, palestras e performances artísticas. Sempre das 9h às 20h, na Praça de Eventos (Piso 1), com acesso gratuito.Filme: O perfil @somosterezaofilme acompanha a produção do filme Somos Tereza, que conta a história da líder quilombola Tereza de Benguela, interpretada por Zezé Motta. O longa foi gravado em Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, berço da resistência comandada pela biografada nos anos 1700. Danielle Bertolini e Oz Ferreira assinam a direção.Curso: Lélia Gonzales: vida, obra e legado chega à terceira edição reverenciando uma das mais importantes referências da luta feminista e antirracista no Brasil. Com aulas ministradas pelas professoras Amanda Castro e Elina Oliveira, o curso acontece ao vivo, via Zoom, de 21 a 23 de julho. A matrícula custa R$ 30 e pode ser feita pelo Sympla.*Daniela Castro é jornalista, mestra em Cultura e Sociedade e criadora da Inclusive Comunicação. Ela assina a coluna Plural sempre no último domingo do mês.