O suplente de vereador Victor Lucchesi (PL) publicou uma retratação pública após associar o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), à pedofilia durante a campanha eleitoral de 2024. A postagem original, feita no Instagram, mencionava o conteúdo do livro de ficção “Cobiça”, escrito por Fuad, e sugeria que ele endossaria crimes sexuais contra crianças.
A postagem foi considerada desinformativa e “gravemente descontextualizada” pela Justiça Eleitoral, que determinou sua remoção ainda durante o segundo turno da disputa pela prefeitura da capital mineira. Fuad Noman foi reeleito, mas morreu em março deste ano, aos 77 anos.
Lucchesi firmou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público Eleitoral no fim de junho. No documento, ele reconhece formalmente que veiculou informações falsas e admitiu que sua conduta prejudicou a imagem e a honra de Fuad, além de comprometer a integridade do processo eleitoral. O acordo foi firmado no âmbito da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte.
Como parte das condições estabelecidas, o suplente se comprometeu a publicar a retratação em sua conta oficial no Instagram; pagar R$ 31,5 mil a uma entidade pública ou de interesse social; e renunciar ao direito de disputar cargos eletivos nas eleições de 2026.
“Reconheço que a publicação feita em meu perfil na rede social Instagram durante o período da campanha para o segundo turno das eleições municipais 2024, ao descontextualizar trechos da obra literária de ficção intitulada ‘Cobiça’, de autoria do senhor Fuad Jorge Noman Filho, transmitiu desinformação em relação ao conteúdo da obra e a pessoa do então candidato Fuad Noman. Tal publicação acabou por prejudicar a integridade do processo eleitoral, bem como a honra e a imagem do referido candidato”, disse no vídeo.
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A família de Fuad optou por não receber valores como reparação por danos morais, e a quantia será revertida a instituições a serem definidas pela Justiça. A retratação formal de Lucchesi foi aprovada pelo Ministério Público e já está publicada nas redes sociais.
Se descumprir os termos do acordo, o político poderá ser denunciado criminalmente e a confissão feita no documento poderá ser usada contra ele em juízo.
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