O BTG Pactual atualizou, em julho, sua carteira de proventos, destacando ações com maior potencial de retorno por dividendos ao longo de 2025 e 2026. A Petrobras segue na liderança: o banco projeta dividend yield de 11% para 2025 e 13% para 2026, baseado apenas no provento recorrente, atrelado a 45% do fluxo de caixa livre. Eventuais dividendos extraordinários podem elevar ainda mais esse retorno.
Entre os bancos, o Itaú Unibanco (preferencial, ITUB4) aparece com yield entre 7% e 8%, mas a ação ordinária (ITUB3), mais barata, oferece cerca de 8,1%. O Santander, novidade na carteira, promete um yield na faixa de 6% a 7%, negociado atualmente com desconto de até 40% sobre sua média histórica de preço/lucro.
Elétricas ganham espaço: Copel, Cemig e Equatorial
O BTG incluiu na carteira a Copel, após a empresa adotar payout mínimo de 75%. O yield projetado gira em torno de 10,2% ao ano, entre 2025 e 2028. A valorização das ações, porém, já acumula 50% no ano, contra alta de 33% do índice setorial, o que sugere cautela para novas entradas.
A Cemig também integra a lista, com yield estimado de 7%, sustentado por proventos recorrentes. Já a Equatorial entra como aposta de longo prazo, ainda que o payout historicamente baixo (25%) resulte em yields modestos de 2% a 3%.
Seguradoras: caixa previsível e bons dividendos
No setor de seguros, a Caixa Seguridade se destaca pelo modelo de negócios com contratos habitacionais de longo prazo, que garantem receitas estáveis e recorrentes. O BTG estima yield de 9% para 2025, com pagamentos trimestrais. A BB Seguridade (BBSE) também aparece, com proposta de R$ 1,94 por ação e yield superior a 5%, com pagamento previsto para agosto.
Tabela: principais ações e yields estimados
Empresa | Yield 2025 (%) | Yield 2026 (%) | Observações |
---|---|---|---|
Petrobras (PETR4) | 11,0 | 13,0 | Pode surpreender com dividendos extras |
Itaú (ITUB3) | 8,1 | — | Melhor custo-benefício que ITUB4 |
Santander (SANB11) | 6,0 – 7,0 | >7,0 | PL atual com até 40% de desconto |
Copel (CPLE6) | 10,2 (média) | — | Nova política de payout mínimo 75% |
Caixa Seguridade (CXSE3) | 9,0 | — | Alta previsibilidade de resultados |
Cemig (CMIG4) | 7,0 | — | Provento recorrente |
Equatorial (EQTL3) | 2,0 – 3,0 | — | Payout baixo, aposta de longo prazo |
Gerdau (GGBR4) | 3,0 – 4,0 | — | Dividendos impactados por ciclo |
Vibra Energia (VBBR3) | 7,0 | — | Atratividade moderada |
Cyrela (CYRE3) | — | — | Bons balanços e consistência |
A carteira do BTG busca ações sólidas, lucrativas e com dívidas sob controle. Estudos mostram que, no longo prazo, dividendos representam entre 60% e 90% do retorno total do acionista. Empresas como Petrobras, Caixa Seguridade e Copel combinam boa previsibilidade com yields superiores à média do mercado.
Ainda assim, o banco alerta para volatilidade no curto prazo. Por exemplo, o preço do petróleo já recuou mais de 20% em 2025, e a apreciação do real tende a impactar o lucro da Petrobras. No caso da Copel, o forte rali recente também exige atenção à precificação.
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