Comparativo CPTS11 vs BTHF11: veja quem lidera em dividendos e desconto

Dois dos maiores fundos imobiliários do Brasil, CPTS11 (Capitânia Securities II) e BTHF11 (BTG Pactual Fundo de Fundos), vêm chamando a atenção de quem procura um FII base 10, ou seja, com cotas negociadas abaixo de R$ 10. Juntos, eles somam cerca de R$ 5 bilhões em patrimônio líquido, uma base de mais de 700 mil cotistas e liquidez diária superior a R$ 6 milhões cada.

Mas qual deles oferece atualmente o melhor equilíbrio entre preço, dividendos e qualidade da carteira? A seguir, exploramos os números, estratégias e diferenciais de cada um para ajudar na sua decisão.

Preço, dividendos e P/VP: quem oferece mais desconto e retorno?

Em termos de cotação, o CPTS11 é ligeiramente mais barato, encerrando a última sessão a R$ 7,56, contra R$ 8,82 do BTHF11. Ambos negociam com desconto sobre o valor patrimonial:

  • CPTS11: P/VP = 0,85, ou cerca de 15% abaixo do VP

  • BTHF11: P/VP = 0,89, ou cerca de 11% abaixo do VP

Nos dividendos, os dois fundos vêm pagando em torno de 1% ao mês. Em 12 meses, o CPTS11 acumula um dividend yield de 12,34%, levemente superior aos 12,16% do BTHF11. O último rendimento divulgado ficou em R$ 0,087 por cota para o CPTS11 e R$ 0,092 para o BTHF11, ambos equivalendo a cerca de 1,1% mensal no preço atual.

Patrimônio, cotistas e liquidez: robustez em ambos os casos

Ambos são FIIs com ampla base de cotistas e alta liquidez, garantindo facilidade para entrar ou sair das posições:

Indicador CPTS11 BTHF11
Patrimônio Líquido R$ 2,92 bilhões R$ 2,1 bilhões
Número de cotistas 355 mil 340 mil
Liquidez média diária R$ 7 milhões R$ 6 milhões
Caixa para novos aportes R$ 131 milhões R$ 273 milhões

Apesar de menor em patrimônio, o BTHF11 mantém um caixa duas vezes maior, o que pode garantir maior agilidade em futuras alocações.

Estratégias de investimento: diversificação e qualidade da carteira

CPTS11

O fundo da Capitânia concentra seus recursos principalmente em:

  • 57% em cotas de outros FIIs, dos quais 87% são fundos de tijolo

  • 33% em CRIs (quase totalmente indexados ao IPCA)

  • 10% em caixa e compromissadas

Os principais setores dos CRIs são renda urbana, comercial, educacional e logística, e a carteira apresenta boa diversificação: as maiores posições individuais em CRIs não ultrapassam 6,2% do patrimônio.

BTHF11

Já o fundo do BTG Pactual aposta em uma estratégia mais ampla:

  • 28% em FIIs de tijolo

  • 26% em FIIs de papel

  • 18% em imóveis reais (ativos próprios)

  • 15% em CRIs (quase igualmente divididos entre CDI e IPCA)

  • 13% em caixa

Os segmentos de atuação incluem corporativo, compras, logística, residencial e hotelaria. Seu maior ativo individual representa apenas 1,35% do patrimônio, evidenciando uma diversificação ainda maior.

Comparativo final: pontos fortes de cada fundo

Critério CPTS11 BTHF11
Cotação mais baixa ✅ R$ 7,56 ❌ R$ 8,82
Maior desconto no P/VP ✅ 15% ❌ 11%
Dividend yield acumulado ✅ 12,34% ❌ 12,16%
Caixa disponível ❌ R$ 131 mi ✅ R$ 273 mi
Diversificação por classe ❌ FIIs e CRIs ✅ FIIs, CRIs e imóveis reais
Diversificação por ativos ❌ boa ✅ excelente
Gestão ❌ Capitânia ✅ BTG Pactual

 

Ambos os fundos são sólidos e negociam com desconto, mas o BTHF11 se destaca por sua maior diversificação — incluindo imóveis reais —, caixa robusto e gestão com histórico consistente. O CPTS11, por sua vez, atrai pelo preço mais acessível e dividend yield levemente superior.

Para quem valoriza uma estratégia mais ampla e um portfólio bem espalhado, o BTHF11 pode ser a escolha mais interessante neste momento. Já para quem busca uma entrada com menor desembolso e foco em FIIs e CRIs, o CPTS11 continua sendo competitivo.

Antes de investir, avalie o seu perfil, objetivos e tolerância ao risco para decidir qual combina mais com sua estratégia de longo prazo.

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