
Segundo post do presidente nas redes sociais, qualquer nação ligada às ‘políticas antiamericanas’ do bloco econômico será taxado. ‘Não haverá exceções a essa política’, disse. Presidente dos EUA, Trump, em Iowa
REUTERS/Nathan Howard
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (6) que vai impor uma taxa adicional de 10% a “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do BRICS”. A medida foi anunciada em sua rede social Truth Social.
“Não haverá exceções a essa política”, disse.
Ainda não há informações sobre quais países serão taxados. Trump também não esclareceu nem detalhou a referência às “políticas antiamericanas” em sua postagem.
Em outra publicação, o republicano anunciou que as cartas e acordos de tarifas com os países serão entregues a partir das 12h desta segunda (7), pelo horário de Washington — 13h, no horário de Brasília.
Os representantes dos países que compõe o Brics estão reunidos no Rio de Janeiro até a segunda-feira (7). Neste domingo (6), o Ministério das Relações Exteriores publicou a “Declaração do Rio de Janeiro”, a carta final com tudo o que foi discutido ao longo do ano pelos diplomatas dos 11 países-membros do Brics, reunidos no Museu de Are Moderna (MAM).
Parte da declaração inclui a declaração a defesa do multilateralismo, sem citar os EUA. São tópicos:
Fortalecimento de instituições multilaterais, como a ONU, e o respeito ao direito internacional.
Rejeição a ações unilaterais como o que enfraquecem o sistema global. O tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi especificamente citado.
“Expressamos sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio”, diz item do documento.
Outra parte do documento fala sobre a segurança global em itens como:
Condenação a ataques recentes contra o Irã, embora sem citar diretamente os Estados Unidos ou Israel.
Condena ataques à Rússia, mas não condena ataques à Ucrânia. A Rússia é um dos membros permanentes do Brics, e o presidente Vladimir Putin participou do encontro por videoconferência.
Posição conjunta em relação às crises no Oriente Médio, incluindo os conflitos em Gaza e a tensão entre Irã e Israel.
Os líderes reafirmaram apoio à solução de dois Estados como caminho para resolver o conflito entre Israel e Palestina. Defendem a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental. O texto pede que a comunidade internacional atue para garantir o fim da violência em Gaza e assegurar a proteção dos civis palestinos.
Defesa de soluções pacíficas, diplomáticas e negociadas, com base no direito internacional.
Declaração do Brics é divulgada no primeiro dia de encontro
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