Trump ameaça tarifas, bolsa recua e investidores enxergam oportunidades

O que? O Ibovespa recuou nesta segunda-feira, 8 de julho de 2025, após Donald Trump reafirmar a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
Quem? O ex-presidente dos EUA elevou a tensão ao mencionar tarifas sobre café, celulose, ferro-gusa e aeronaves.
Quando? A decisão foi anunciada no fim de semana e repercutiu no pregão de hoje.
Onde? Impactou a Bolsa brasileira, especialmente ações ligadas a commodities e exportação.
Por quê? A medida visa pressionar países dos BRICS e proteger a indústria americana.
Como? O Ibovespa recuou para 139,5 mil pontos, mas investidores apontam que a queda abre espaço para compra de ações descontadas.

O índice fechou o pregão em queda de cerca de 1%, após atingir mínimas próximas a 138 mil pontos. Entre os setores mais atingidos, celulose e mineração caíram até 4%, com destaque para Suzano e Klabin, refletindo a possível redução das exportações. A tonelada do minério de ferro, no entanto, subiu 0,5%, cotada a US$ 102.

Mesmo assim, analistas ressaltam que a bolsa brasileira permanece entre as mais baratas do mundo, com ações de empresas sólidas negociadas a múltiplos baixos. Investidores destacaram, por exemplo, CSN Mineração, que recuou mas apresenta suporte em R$ 5,07, e Vale, que pode retomar altas acima de R$ 54.

Dividendos em destaque

Além dos preços atrativos, algumas empresas confirmaram datas de pagamento de dividendos para julho. Alupar paga hoje dividendos para quem estava posicionado até 15 de maio, enquanto Banco Pine pagará JCP no dia 25 para acionistas em 16 de julho. Bradesco e Caixa Seguridade também figuram entre os destaques para dividendos neste mês.

Empresas monitoradas e fatos relevantes

  • Petrobras: negocia cooperação com a Índia para energias renováveis, mantendo suporte em R$ 31,80.

  • Fleury: manteve rating AAA com perspectiva estável e negocia próximo de R$ 13, buscando R$ 14.

  • Aura Minerals: lança oferta pública nos EUA, sem acesso para investidores no Brasil.

  • Clabin: liquidou antecipadamente US$ 150 milhões em dívida e reforça foco em desalavancagem.

  • Vulcabras, Cozan e Braskem: comunicaram eventos relevantes e movimentaram investidores.

Mesmo com a pressão externa e a retórica de Trump, o mercado local mantém expectativa positiva para o médio e longo prazo, com projeções de retorno superiores à renda fixa nos próximos 12 a 24 meses. Investidores reforçam a estratégia de acumular posições em ações de qualidade, aproveitando a queda recente.

Com as eleições nos EUA e incertezas geopolíticas, a bolsa deve continuar volátil. Ainda assim, especialistas recomendam foco em fundamentos, boas práticas de diversificação e aproveitamento de dividendos recorrentes.

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