O fundo imobiliário GARE11 anunciou a venda de 10 imóveis locados para os grupos Mateus e Pão de Açúcar. A transação, divulgada em fato relevante em julho de 2025, está avaliada entre R$464 milhões e R$485 milhões.
Com essa operação, a gestão pretende reduzir significativamente a dívida do fundo, reforçar a posição de caixa e gerar um lucro relevante para os cotistas, aproveitando a valorização dos ativos.
Impacto financeiro da operação
Segundo a administração, a venda trará uma série de efeitos positivos para as finanças do GARE11, caso seja concluída nos valores propostos. Confira os principais números:
Indicador | Estimativa |
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Valor total da venda | R$464 a R$485 milhões |
Redução da alavancagem | ~R$355 milhões |
Lucro bruto estimado | R$135 a R$156 milhões |
Lucro por cota | R$1,29 a R$1,49 |
Reforço no caixa | R$110 a R$130 milhões adicionais |
Taxa interna de retorno (TIR) anual | ~23% (IPCA + 18%) |
Os dados reforçam que a operação pode reduzir a alavancagem do fundo, hoje em torno de 26% do patrimônio, para níveis bastante confortáveis, além de aumentar significativamente a disponibilidade de caixa.
Por que vender os imóveis agora?
A estratégia faz parte de um movimento típico em fundos imobiliários para realizar ganho de capital — vendendo imóveis por um preço superior ao de aquisição e gerando lucro para os cotistas.
Essa decisão tem algumas motivações:
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Geração de valor: venda no momento de maior valorização dos imóveis.
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Renovação do portfólio: substituição por ativos mais promissores.
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Reaproveitamento de capital: melhorar a relação risco-retorno dos investimentos.
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Atrair investidores: distribuir parte do lucro, elevando a rentabilidade e aumentando o interesse do mercado.
Quais são os riscos?
Apesar do potencial positivo, a venda também apresenta desafios:
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Redução temporária da receita: os aluguéis dos imóveis vendidos deixam de entrar, o que pode pressionar os rendimentos mensais até que os recursos sejam reinvestidos.
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Lucro não recorrente: o ganho de capital é pontual, não sendo sustentável no longo prazo.
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Falsas expectativas: rendimentos elevados no curto prazo podem atrair investidores desavisados, que não entendem a natureza não recorrente do lucro.
Com a dívida menor e mais caixa disponível, a gestão pode chamar uma nova emissão de cotas para captar recursos adicionais e recompor o portfólio com novos ativos. O lucro obtido com a venda também pode ser parcialmente distribuído aos cotistas, aumentando a rentabilidade no curto prazo.
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