Justiça manda prender PMs condenados pela morte de 6 pessoas no Morro da Coroa


Leonardo José de Jesus Nunes, Jubson Alencar Cruz Souza e Vagner Barbosa Santana foram condenados em 2023. No entanto, as defesas dos Pms recorreram da decisão na Justiça. G1 procurou defesas e Polícia Militar, mas não obteve respostas até a publicação da reportagem. Morro da Coroa, no Catumbi, onde operação terminou com 6 mortes em 2009
Reprodução / TVGlobo
A Justiça do Rio determinou que três PMs condenados pelas mortes de seis pessoas no morro da Coroa, no Catumbi, em 2009, cumpram 90 anos de prisão em regime fechado.
Leonardo José de Jesus Nunes, Jubson Alencar Cruz Souza e Vagner Barbosa Santana foram condenados em 2023. No entanto, as defesas dos Pms recorreram da decisão na Justiça.
Na época, a PM registou o caso como homicídios por auto de resistência. Mas segundo o Ministério Público, os três PMs agiram com violência desnecessária e não houve provas de que eles foram atacados.
Três PMs são condenados pelas mortes de seis pessoas no Morro da Coroa
Após a decisão do desembargador Gilmar Teixeira, da 8ª Câmara Criminal, no final de junho, a Justiça emitiu os mandados contra os policiais militares, que eram lotados no 1º BPM (Centro) na época dos fatos.
Segundo a decisão da 8ª Câmara Criminal que determinou a prisão em regime fechado dos PMs, todas as vítimas “foram executadas sumariamente com tiros pelas costas e na região da cabeça”. Nenhuma delas tinha qualquer ligação com a facção criminosa que atua na região.
A perícia ainda apontou que os seis corpos foram amontoados na parte de trás da viatura dos policiais, que alegaram que levariam as vítimas para um hospital na região. Segundo a sentença, os PMs desfizeram o local do crime logo após as mortes.
Além da pena de 90 anos de prisão, foi mantida a decisão da perda dos cargos dos policiais.
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A defesa de Leonardo Nunes, após a decisão da 8ª Câmara Criminal, recorreu com embargos de declaração. Segundo a defesa, o direito do réu de responder apenas às perguntas da defesa foi violado.
Os advogados também alegam que não teria sido possível afirmar com certeza quem disparou no momento em que as vítimas foram atingidas, já que ocorria um tiroteio no local.
Os advogados de Jubson Alencar deixaram a defesa dele após a decisão da 8ª Câmara Criminal. Ele e Vagner não apresentaram nenhum recurso no processo. O g1 tenta contato com as defesas dos acusados.
A Polícia Militar foi procurada, mas não respondeu até o momento da publicação da reportagem.
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