GARE11: venda de imóveis e alta lucratividade, mas atenção à alavancagem

O GARE11, fundo imobiliário de grande destaque no mercado brasileiro, anunciou recentemente a venda de 10 de seus imóveis de renda urbana, gerando um lucro substancial. A transação, que envolveu propriedades alugadas para grandes redes como o Grupo Pão de Açúcar e o Grupo Mateus, resultou em um lucro bruto estimado entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões. Este lucro representa uma rentabilidade significativa para os cotistas do fundo, com uma estimativa de R$ 1,06 por cota, o que atraiu a atenção do mercado.

A transação e seus impactos

Em março de 2025, o GARE11 já havia realizado uma venda vantajosa de um galpão logístico, onde obteve R$ 276 milhões, reduzindo a alavancagem em R$ 144 milhões e aumentando a liquidez do fundo em R$ 128 milhões. A venda foi considerada um sucesso, com um lucro de R$ 71,5 milhões e uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 28%. Agora, a venda dos imóveis de renda urbana reforça a capacidade do fundo de gerar lucros, ao mesmo tempo em que impacta diretamente na sua estratégia de alavancagem.

A redução da alavancagem é um dos pontos fortes dessa operação, com a venda projetada para quitar parte significativa da dívida do fundo. Isso reflete diretamente em uma redução do risco associado às operações de alavancagem e ao risco de inadimplência dos inquilinos.

Como a alavancagem do GARE11 afeta seus resultados

Apesar das vendas vantajosas, o fundo ainda mantém um alto nível de alavancagem. O GARE11 é conhecido por ser um fundo altamente alavancado, uma estratégia que gera retornos expressivos para seus cotistas, mas que também exige uma gestão cuidadosa. Após a venda dos imóveis, a alavancagem do fundo será reduzida em R$ 355 milhões, representando uma diminuição importante na exposição ao risco.

No entanto, é importante ressaltar que a alavancagem é um ponto delicado para o GARE11. Embora a gestão atue de maneira estratégica para manter os fluxos de caixa e garantir a estabilidade financeira, o nível de endividamento continua sendo um fator a ser monitorado pelos investidores. A venda dos imóveis contribui para diminuir a dívida, mas a estratégia do fundo ainda depende de novos investimentos e da manutenção de aluguéis consistentes.

Lucros potenciais e o que esperar no curto prazo

A venda dos imóveis de renda urbana gerou grande entusiasmo, especialmente com o lucro significativo. O fundo espera aumentar suas disponibilidades em R$ 110 milhões, enquanto a TIR projetada para a operação gira em torno de 23%. Esses números são indicativos de um desempenho positivo do fundo no curto prazo, com a possibilidade de aumento no pagamento de dividendos. A distribuição de lucros, especialmente considerando o cenário atual, pode ser um atrativo importante para os investidores.

No entanto, a diminuição da receita proveniente de aluguéis também é um aspecto a ser observado. Com a venda de imóveis, a receita do fundo pode ser impactada, o que pode afetar os dividendos futuros se o fundo não conseguir reposicionar seus ativos de forma eficiente.

Tabela: estimativas de lucro e impacto nos dividendos

Descrição Estimativa de lucro Impacto nos dividendos
Lucro Bruto Estimado (Venda) R$ 135 milhões – R$ 156 milhões Aumento no dividendo entre R$ 1,06 a R$ 1,16 por cota
Redução de Alavancagem R$ 355 milhões Redução de risco financeiro
Aumento nas Disponibilidades R$ 110 milhões Maior flexibilidade para novos investimentos

Com uma TIR projetada de 23% e um rendimento anual estimado de 11%, o GARE11 continua sendo uma opção atraente para quem busca altos retornos no setor imobiliário. No entanto, a alavancagem e a volatilidade do mercado de imóveis devem ser consideradas antes de decidir investir.

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