
Eduardo Siqueira Campos (Podemos) sofreu um infarto agudo do miocárdio enquanto estava preso no QCG, em Palmas. Ele segue internado no HGP e STF concedeu prisão domiciliar. Eduardo Siqueira Campos, prefeito afastado de Palmas
Divulgação/Secom Palmas
Um novo boletim sobre o estado de saúde do prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), após sofrer um infarto, foi divulgado nesta quarta-feira (9). Conforme o médico cardiologista Andrés Sánchez, ele segue com quadro estável, mas exames apontaram que as enzimas cardíacas ainda estão elevadas.
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O documento foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), na tarde desta quarta-feira (9). Eduardo estava preso desde o dia 27 de junho no Quartel do Comando Geral (QCG), em Palmas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada ao inquérito que apura suposto vazamento de informações sigilosas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele sentiu fortes dores no peito na madrugada de terça-feira (8).
Conforme o boletim atualizado, o prefeito afastado passou por um cateterismo cardíaco, seguido de angioplastia coronariana de emergência na madrugada de terça-feira (8). O procedimento foi considerado um sucesso e Eduardo está fase de recuperação pós-infarto.
Ele está consciente, sem sintomas e hemodinamicamente compensado (com o fluxo sanguíneo em estabilizado) e segue sendo monitorado pela equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP).
O boletim detalhou que o prefeito afastado passou por um exame chamado Ecocardiograma Transtorácico, que apontou a recuperação da função cardíaca. Mas os exames laboratoriais ainda apontaram que as enzimas específicas do coração, a troponina e a CK-MB, ainda estavam elevadas.
Pelos resultados, os médicos recomendaram o repouso absoluto; dieta cardioprotetora; restrição de visitas; e o controle do estresse emocional.
Quadro de saúde leva STF a conceder prisão domiciliar a prefeito afastado de Palmas
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Infarto no quartel
Eduardo, que estava preso em um alojamento na sede do Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins, passou mal durante a madrugada, sentindo fortes dores no peito. Ele chegou ao HGP em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Ele apresentou “quadro súbito de angina instável de alto risco”, caracterizado por dor torácica intensa, prolongada e sem alívio, além de náuseas, sudorese e mal-estar geral. Após um cateterismo cardíaco de emergência, foi identificada obstrução significativa na artéria principal do coração.
O político foi submetido a uma angioplastia com implante de stent para restaurar o fluxo sanguíneo cardíaco. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o procedimento transcorreu com sucesso, sem intercorrências.
Prisão domiciliar
O ministro Cristiano Zanin, relator do processo, levou em consideração o estado de saúde de Eduardo, conforme pareceres médicos requisitados antes mesmo da internação, para conceder a prisão domiciliar, na terça-feira (9).
As medidas cautelares impostas na ocasião da prisão foram mantidas: afastamento da função pública; proibição de contato com os demais investigado e proibição para deixar o país. A concessão da prisão domiciliar teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.
O advogado Juvenal Klayber, que atua na defesa de Eduardo, informou que “a próxima etapa será tentar revogar a prisão preventiva do decreto que vive em face do prefeito Eduardo Siqueira Campos”.
A decisão não atendeu os outros dois presos na operação, o advogado Antônio Ianowich Filho e policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. A defesas deles informaram que não iriam se posicionar.
Entenda prisão e afastamento
Eduardo Siqueira Campos foi preso pela Polícia Federal (PF) em nova fase da operação Sisamnes. Um advogado e um policial civil também foram alvos de prisão. Os mandados foram determinados pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fazem parte do inquérito que apura supostos vazamentos de informações judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas STJ.
A Polícia Federal não especificou quais as suspeitas e indícios que levaram às prisões, ou a relação entre os três alvos. Informou apenas que essa nova fase busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, oriundas de investigações em curso no STJ, com impacto direto sobre operações da PF.
A defesa de Eduardo disse à TV Anhanguera que em momento oportuno a verdade aparecerá e que tem provas suficientes de que o prefeito nada tem a ver com o que foi representado pela Polícia Federal. A Prefeitura de Palmas destacou no dia da operação que “as investigações não se relacionam com a atual gestão municipal”.
Segundo o STF, as prisões foram determinadas após representação da Polícia Federal e contaram com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Após a prisão de Eduardo Siqueira, o vice Carlos Velozo (Agir) assumiu a gestão da Prefeitura de Palmas como prefeito em exercício.
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Novo boletim médico sobre o estado de saúde de Eduardo
O Hospital Geral de Palmas informa que o Prefeito de Palmas, José Eduardo Siqueira Campos, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde a madrugada de terça-feira, em decorrência de um infarto agudo do miocárdio (IAM). Naquela mesma noite, o paciente foi submetido com sucess a cateterismo cardíaco, seguido de angioplastia coronariana de emergência.
Atualmente, o paciente encontra-se em fase de recuperação pós-infarto, consciente, clinicamente estável, assintomático e hemodinamicamente compensado, sob monitoramento contínuo na UTI, com acompanhamento de equipe multiprofissional composta por intensivistas e cardiologistas.
Foi realizado um Ecocardiograma Transtorácico, que evidenciou recuperação completa da função cardíaca, resultado atribuído à rápida intervenção médica e à reperfusão eficaz da artéria acometida.
Os exames laboratoriais específicos para infarto ainda mostram enzimas cardioespecíficas elevadas. A troponina cardíaca permanece positiva, e a CK-MB segue em ascensão:
Valor de referência: até 24 U/L
Tarde de ontem: 119,50 U/L
Madrugada de hoje: 123,20 U/L
Tarde de hoje: 152,80 U/L
Tais dados reforçam a necessidade da continuidade das medidas não farmacológicas para redução do risco cardiovascular neste momento, com ênfase em:
Repouso absoluto
Dieta cardioprotetora
Restrição de visitas
Controle estruturado do estresse emocional
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