A Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para educação, ciência e cultura, reconheceu o Vale do Peruaçu, no Norte de Minas Gerais, como patrimônio mundial natural da humanidade. É o primeiro título do tipo do estado.
O título foi concedido na tarde deste domingo (13) durante a 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, na sede da Unesco, em Paris, na França.
Localizado entre Januária, Itacarambi e São João das Missões, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um dos mais impressionantes sítios naturais e arqueológicos do Brasil, com cânions e cavernas exuberantes, com mais de 500 formações catalogadas, situados numa unidade de conservação criada em 1999, com 56.448 hectares.
Ali também se encontra a estalactite conhecida como Perna da Bailarina, com 28 metros, arte rupestre com mais de 12 mil anos de história, ecossistemas entre cerrado, caatinga e mata atlântica, além de território de comunidades tradicionais e indígenas, como o povo xacriabá.
A origem do nome “Peruaçu” é atribuída aos xacriabás, sendo “peru” entendido como buraco e “açu” como grande, em referência às fendas ou cavernas do vale.
“A consagração do Peruaçu como Patrimônio Natural da Humanidade é um marco civilizatório para Minas e para o Brasil. Esse título não celebra apenas a paisagem, mas também a presença humana e a cultura viva que habitam esse território. É um chamado à escuta: da pedra, do silêncio e dos povos que há milênios cuidam dessa terra. É também a oportunidade de ampliar o turismo sustentável e transformar o Norte de Minas num destino internacional de natureza e ancestralidade”, afirma o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.
Patrimônio cultural
Além do Peruaçu, um patrimônio natural, Minas Gerais tem quatro bens reconhecidos como patrimônios culturais: Ouro Preto, Congonhas, Diamantina e a Pampulha.
Soma-se a isso que no ano passado o modo de fazer queijo minas artesanal também foi classificado pela Unesco como patrimônio cultural imaterial da humanidade.
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