Pouco falado e muitas vezes confundido com obesidade ou retenção de líquidos, o lipedema é uma condição crônica que atinge principalmente mulheres e pode comprometer seriamente a qualidade de vida. Caracterizado pelo acúmulo desproporcional e doloroso de gordura, especialmente nas pernas e braços, o problema vai além da estética: causa dor, sensação de peso, hematomas frequentes e desconforto progressivo.
“O lipedema é subdiagnosticado, justamente por ser pouco conhecido até mesmo entre profissionais da saúde. Muitas pacientes passam anos sem entender o que têm, enfrentando sintomas que afetam não só o corpo, mas também o bem-estar emocional”, afirma a médica Dra. Flávia Mattioli, da Clínica Moderna Sculpt.
Segundo a especialista, o diagnóstico é feito com base em exame clínico, levando em conta a história da paciente e sinais característicos — como desproporção entre tronco e membros inferiores, dor à palpação e preservação dos pés, o que ajuda a diferenciar o lipedema do linfedema. O ultrassom também pode ser um aliado para confirmar a suspeita.
Estilo de vida, apoio médico e cirurgia: o tripé do tratamento
Como se trata de uma condição progressiva, o tratamento do lipedema requer abordagem contínua e personalizada. “Além do suporte emocional e clínico, mudanças no estilo de vida e práticas como fisioterapia especializada, nutrição direcionada e acompanhamento vascular são fundamentais. Em muitos casos, indicamos a lipoaspiração como tratamento médico, não apenas estético”, explica o cirurgião plástico Dr. Romero Almeida, diretor da Clínica Moderna Sculpt e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
A cirurgia de lipedema, segundo o médico, é diferente da lipoaspiração convencional. Realizada com técnicas modernas e menos invasivas — como a lipoaspiração ultrassônica — o procedimento é planejado para preservar estruturas como vasos linfáticos e minimizar o trauma cirúrgico. Isso resulta em menos dor, menor risco de complicações e recuperação mais rápida.
“Quando bem indicada, essa cirurgia oferece alívio real: melhora da dor, da mobilidade e da autoestima. Mais do que remover gordura, é uma forma de devolver qualidade de vida às pacientes”, reforça Dr. Romero.
Ainda assim, o acompanhamento após a cirurgia continua sendo essencial. “O lipedema é uma condição crônica. Mesmo após a cirurgia, o tratamento precisa seguir com foco na manutenção da saúde e no controle de sintomas. O trabalho multidisciplinar é o que garante resultados duradouros”, conclui a Dra. Flávia.
Fonte
Dr. Romero Almeida é cirurgião plástico, diretor da Clínica Moderna Sculpt e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Especializado em contorno corporal e técnicas de lipoaspiração avançada, atua como instrutor e palestrante em congressos da área.
Instagram: @drromeroalmeida
Dra. Flávia Mattioli é médica da Clínica Moderna Sculpt, com foco em medicina integrativa e tratamento multidisciplinar de doenças crônicas como o lipedema.
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