O Banco do Brasil (BBAS3) acumula queda de mais de 30% desde a divulgação do balanço do 1º trimestre de 2025, fechando o último pregão a R$ 20,68 — patamar próximo às mínimas dos últimos 10 anos. Segundo analistas, a queda abre uma oportunidade para investidores que priorizam dividendos e margem de segurança.
O banco estatal está sendo negociado a 0,65 vezes o valor patrimonial e a menos de 5 vezes o lucro projetado para 2025 — números que reforçam o desconto do papel em relação a seus pares. O Itaú, por exemplo, negocia próximo a 2 vezes o valor patrimonial.
Projeções de lucro e valuation: até onde pode cair?
As projeções para o lucro do BBAS3 em 2025 variam de R$ 25 bilhões a R$ 33 bilhões, dependendo do cenário econômico e da recuperação a partir do 2º semestre. Veja abaixo uma simulação dos múltiplos preço/lucro (P/L) conforme diferentes cenários de resultado:
Lucro Projetado (R$ bi) | P/L atual |
---|---|
25 (pior cenário) | 4,7x |
28 (provável) | 4,2x |
30 | 3,9x |
33 (melhor cenário) | 3,6x |
Preço teto e margem de segurança
Pela metodologia de Décio Bazin, que considera a média dos dividendos dos últimos 5 anos e exige rendimento mínimo de 6% ao ano, o preço teto médio do BBAS3 está estimado em R$ 32,57 — uma margem de segurança superior a 50% em relação à cotação atual.
Além disso, o banco já anunciou que divulgará dois dividendos em agosto: um complementar no dia 11/09 e outro antecipado no dia 12/09, ambos referentes ao 2º trimestre. A expectativa de dividendos para 2025, considerando um payout de 40% sobre lucro projetado de R$ 28 bi, é de cerca de R$ 2,95 por ação — equivalente a um dividend yield estimado de 9,4%.
Oportunidade ou armadilha?
A forte queda ocorre após um 1º trimestre com lucro de R$ 7,4 bilhões e perspectiva de resultados mais fracos no 2º trimestre. Mesmo assim, analistas destacam que o BBAS3 continua saudável, resiliente e historicamente recupera margens após ciclos ruins.
Com mais de 200 anos de história, sendo o primeiro CNPJ do Brasil, o banco se mantém como um dos maiores pagadores de dividendos do mercado, com potencial para continuar remunerando bem os acionistas.
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