Nova interdição do complexo aquático de Piracicaba chega a seis meses e prefeitura aguarda laudo


ARQUIVO: piscina em estado de abandono no complexo aquático de Piracicaba, em janeiro deste ano
Edijan Del Santo/EPTV
O Complexo Aquático Dr. Samuel de Castro Neves, em Piracicaba (SP), chegou a seis meses de interdição devido a problemas estruturais. A situação ocorre mesmo após dois anos de reformas no local e a prefeitura informou que depende da conclusão de um laudo para dar início a novas obras.
📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp
Vazamentos e infiltrações estão entre os problemas existentes no espaço, que abriga piscinas para uso público.
No inicio do ano, após o fechamento, a prefeitura notificou a empresa que realizou a reforma. “A mesma então se comprometeu a apresentar uma solução definitiva para os problemas. Foram realizadas apenas medidas insuficientes para resolver a situação”, informou a administração ao g1, nesta terça-feira (15).
Diante desse cenário, foi solicitado um laudo técnico. Segundo o governo municipal, ele está em fase de conclusão e vai apresentar análises técnicas necessárias para as próximas etapas.
“Até o momento, as obras ainda não foram iniciadas. A execução está condicionada à finalização desse documento, que subsidiará as definições quanto às intervenções necessárias. A empresa será responsabilizada nos termos da legislação vigente”, acrescentou a prefeitura.
Após dois anos de reformas, complexo aquático de Piracicaba fecha novamente
Em busca de parcerias
Desde o ano passado, a Secretaria de Esportes mantém uma parceria com Seção Técnica de Práticas Esportivas (SCPRAES), da Coordenadoria do Campus Luiz de Queiroz, com cerca de 80 alunos.
As vagas são exclusivamente para turmas adultas (a partir de 15 anos), em razão da profundidade da piscina atualmente disponível no local. A parceria foi renovada até maio de 2026.
O número de pessoas que usavam o complexo aquático, antes da interdição, em diferentes tipos de aulas, chegava a 600.
A Prefeitura de Piracicaba informou que segue buscando parcerias com clubes e associações para o segundo semestre, quando ocorre uma demanda maior devido às altas temperaturas, e para que os alunos continuem com as práticas em outras piscinas.
ARQUIVO: piscina em estado de abandono no complexo aquático de Piracicaba, em janeiro deste ano
Edijan Del Santo/EPTV
Acúmulo de problemas
Em janeiro, a EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso ao complexo e registrou uma série de problemas estruturais do local, não só das piscinas, mas também na casa de máquinas e no resto do prédio.
Duas piscinas estavam desativadas, com partes destruídas, e acumulando água e sujeira.
Ao lado delas, estavam as que tinham passado por reforma. Na parte dos trampolins, na borda de uma piscina, um desnível causado por uma rachadura
Embaixo da arquibancada da piscina principal, as paredes possuíam manchas causadas pelo escorrimento da água, que vazava pelo telhado. As portas de madeira apresentavam sinais de apodrecimento devido à água.
Casa de máquinas do complexo aquático em Piracicaba também sofre com bolores e falta de manutenção
Edijan Del Santo/EPTV
A equipe teve acesso à casa de máquinas. No local, as paredes mostravam sinais de vazamento e bolor, com água acumulada no chão. As máquinas estavam todas desativadas.
Embaixo da arquibancada da piscina principal, as paredes possuíam manchas causadas pelo escorrimento da água, que vazava pelo telhado. As portas de madeira apresentavam sinais de apodrecimento devido à água.
Histórico de problemas
O complexo aquático de Piracicaba foi inaugurado em 1976 e oferecia aulas de natação, hidroginástica e outras práticas aquáticas.
Complexo Aquático em 2022
Leonardo Moniz/ Prefeitura de Piracicaba
Em 2018, o espaço já tinha sido fechado em decorrência de vazamento na principal e maior piscina. A reforma durou mais de quatro anos e custou cerca de R$ 1,7 milhões. Confira abaixo cronologia:
Em maio de 2018, um vazamento causou a interdição da maior piscina pública do complexo.
Desde então, o local ficou fechado e as aulas foram transferidas, mas muitos alunos reclamaram que não conseguiam fazer as atividades.
Em 2019, a piscina principal completou um ano e meio interditada. Na época, a prefeitura afirmou que a obra para resolver o problema era cara e que não havia previsão para reabertura. Vestiário e banheiros também apresentavam problemas estruturais.
Em janeiro de 2020, com a piscina parada, o então prefeito Barjas Negri (PSDB) autorizou licitação para reformar o complexo. A obra estava avaliada em R$ 1,7 milhão e previa a construção de uma piscina semiolímpica também, além da reforma da outra.
Em junho de 2020, após dois anos da interdição parcial, a prefeitura assinou o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal para reconstrução do complexo e iniciou as obras. A previsão de entrega era para o primeiro semestre de 2021.
Em agosto de 2021, o poder público recusou a entrega das obras de reforma do complexo ao apontar problemas estruturais e a necessidade de ajustes nas piscinas.
Em novembro de 2021, a prefeitura apontou mais problemas na reforma e notificou a empresa responsável pela obra pela terceira vez.
A inauguração do complexo aquático estava prevista para janeiro de 2022. Mas foi adiada para março do mesmo ano em decorrência da continuidade de problemas estruturais.
Quatro anos após fechamento, o complexo foi inaugurado para o público no segundo semestre de 2022.
Em janeiro de 2025, uma nova interdição foi anunciada devido a problemas estruturais.
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
Adicionar aos favoritos o Link permanente.