A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) disse nesta quinta-feira (17) que vai apresentar uma ação no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
Os dois se desentenderam na madrugada desta quinta (16) durante a votação do projeto que afrouxou as regras para o licenciamento ambiental. A parlamentar acusa o colega de violência política de gênero e racismo.
“Entraremos com ação no Ministério Público para reportar o crime de racismo e aqui dentro da Casa iremos enviar uma representação [no Conselho de Ética] ao deputado Kim quem fez repetidas vezes o ataque de racismo”.
A parlamentar disse que também teve a vestimenta ironizada pelos deputados Coronel Fernanda (PL-MS), Sóstenes Cavalcante (PL-AL) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), que a chamou de “pavão misterioso”.
Discussão no plenário
Durante a votação do projeto, Kim disse que os deputados estavam votando a proposta sem ler o projeto. Célia respondeu:
“Presidente, primeiro, essa pessoa, esse deputado estrangeiro, esse deputado reborn, que acabou de falar, nem sequer tem o direito de falar da questão indígena”, afirmou. O senhor não sabe da história, portanto o senhor fique quieto! O senhor é estrangeiro aqui, tinha que pedir perdão aos povos indígenas”, continou a deputada.
Kim, que é neto de japoneses, pediu a palavra e disse que “estrangeiro, próximo de onde estão os meus ancestrais, é o pavão, que é um animal da Ásia”, em referência ao cocar que a deputada utiliza.
“Não tem nada a ver com tribo indígena do Brasil, mas parece que tem gente que gosta de fazer cosplay”, afirmou o parlamentar.
Célia chamou a fala de “racismo televisionado” e e falou que tomaria as medidas necessárias.
“As pessoas podem ter bancadas inteiras para defender o seu interesse, mas não atacar uma mulher indígena pelo que ela veste. Eu não tenho problema de saber de onde venho. Eu não preciso ser chamada de cosplay, porque isso é um racismo televisionado daqui, e certamente eu tomarei as medidas necessárias”.
Deputada nega racismo
Questionada se sua fala também não teria sido racista, ao chamar o colega de “estrangeiro”, a parlamentar disse que fazia referência a uma pessoa que desconhece a pauta indígena, mas decide falar sobre ela.
“Primeiro que ele chama a gente de índio. Indígena significa aquele que é de origem daquele lugar. Quando uma pessoa a uma pauta desconhecida estranha, vem falar sobre a gente, ele é um estrangeiro”, disse.
“Nós povos indígenas somos considerados estrangeiros dentro do nosso próprio território, mas é estranho a ele uma pauta que ele não tem autoridade para falar e falou de forma violenta”, completou a parlamentar.
Os dois se desentenderam na madrugada desta quinta (16) durante a votação do projeto que afrouxou as regras para o licenciamento ambiental. A parlamentar acusa o colega de violência política de gênero e racismo.
“Entraremos com ação no Ministério Público para reportar o crime de racismo e aqui dentro da Casa iremos enviar uma representação [no Conselho de Ética] ao deputado Kim quem fez repetidas vezes o ataque de racismo”.
A parlamentar disse que também teve a vestimenta ironizada pelos deputados Coronel Fernanda (PL-MS), Sóstenes Cavalcante (PL-AL) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), que a chamou de “pavão misterioso”.
Discussão no plenário
Durante a votação do projeto, Kim disse que os deputados estavam votando a proposta sem ler o projeto. Célia respondeu:
“Presidente, primeiro, essa pessoa, esse deputado estrangeiro, esse deputado reborn, que acabou de falar, nem sequer tem o direito de falar da questão indígena”, afirmou. O senhor não sabe da história, portanto o senhor fique quieto! O senhor é estrangeiro aqui, tinha que pedir perdão aos povos indígenas”, continou a deputada.
Kim, que é neto de japoneses, pediu a palavra e disse que “estrangeiro, próximo de onde estão os meus ancestrais, é o pavão, que é um animal da Ásia”, em referência ao cocar que a deputada utiliza.
“Não tem nada a ver com tribo indígena do Brasil, mas parece que tem gente que gosta de fazer cosplay”, afirmou o parlamentar.
Célia chamou a fala de “racismo televisionado” e e falou que tomaria as medidas necessárias.
“As pessoas podem ter bancadas inteiras para defender o seu interesse, mas não atacar uma mulher indígena pelo que ela veste. Eu não tenho problema de saber de onde venho. Eu não preciso ser chamada de cosplay, porque isso é um racismo televisionado daqui, e certamente eu tomarei as medidas necessárias”.
Deputada nega racismo
Questionada se sua fala também não teria sido racista, ao chamar o colega de “estrangeiro”, a parlamentar disse que fazia referência a uma pessoa que desconhece a pauta indígena, mas decide falar sobre ela.
“Primeiro que ele chama a gente de índio. Indígena significa aquele que é de origem daquele lugar. Quando uma pessoa a uma pauta desconhecida estranha, vem falar sobre a gente, ele é um estrangeiro”, disse.
“Nós povos indígenas somos considerados estrangeiros dentro do nosso próprio território, mas é estranho a ele uma pauta que ele não tem autoridade para falar e falou de forma violenta”, completou a parlamentar.