Há pouco tempo, edifícios super altos eram privilégio de países como China, EUA e Emirados Árabes. Essa realidade está mudando com o Brasil pronto para erguer o maior edifício residencial do mundo: o Sena Tower, em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Anunciado oficialmente em setembro de 2024 pela FG Empreendimentos, em parceria com a marca Senna controlada pela família do piloto Ayrton Senna o empreendimento terá impressionantes 509 metros de altura e 154 pavimentos, um marco inédito para a América do Sul.
O nome do edifício e sua identidade visual homenageiam Ayrton Senna. O projeto foi desenhado pela sobrinha do piloto, Lal Senna, que inspirou-se nas linhas aerodinâmicas dos carros de Fórmula 1 e no famoso capacete do tricampeão mundial.
Engenharia de ponta em terreno desafiador
O terreno de aproximadamente 5.000 m² à beira-mar apresenta solo de argila marinha e rocha a 40 metros de profundidade. Para suportar a gigantesca estrutura, serão 700 estacas tipo hélice contínua monitoradas, com sensores eletrônicos para garantir precisão e segurança.
Além disso, pela primeira vez na América do Sul serão instalados sensores de fibra óptica para monitoramento contínuo da fundação durante toda a vida útil do prédio, tecnologia já vista em obras como a Shanghai Tower e o Taipei 101.
Combate ao vento e ao fogo
Erguer um edifício de 509 metros em uma das regiões com ventos mais fortes do Brasil exige soluções inovadoras. Testes em túnel de vento, realizados pela canadense RWDI, avaliaram o impacto dos ventos de até 162 km/h sobre a estrutura.
Para reduzir oscilações causadas pelo vento, dois enormes mass dampers, com mais de mil toneladas cada, serão instalados entre os andares 140 e 150. Esses amortecedores ajudam a estabilizar o prédio, proporcionando conforto aos moradores.
Em caso de incêndio, o prédio contará com escadas pressurizadas e compartimentadas, sistemas modernos de detecção e contenção de chamas, além de materiais resistentes ao fogo.
Elevadores e segurança
O Sena Tower terá oito elevadores ultrarrápidos para moradores, um elevador para veículos com acesso às garagens suspensas, além de elevadores para serviços e emergências. Um plano específico para rotas aéreas de helicópteros foi desenvolvido para minimizar riscos.
Investimento e impacto
Com custo total estimado em R$ 3 bilhões, o empreendimento já se consagra como o mais caro da história do setor privado no Brasil. As unidades residenciais chegam a custar cerca de US$ 50 milhões cada (aproximadamente R$ 300 milhões), com um valor de metro quadrado próximo aos praticados em Nova York.
A conclusão da obra está prevista para 2033, com pelo menos oito anos de trabalhos intensos, colocando a engenharia brasileira no centro das atenções globais.
Um marco para a engenharia nacional
O Sena Tower não é apenas o maior prédio residencial do mundo: é também um símbolo da capacidade técnica e ousadia da engenharia brasileira, que aliou visão, tecnologia e inovação para desafiar os limites.
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