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A abertura aconteceu na quarta-feira, 23, com a inauguração da exposição Pretinhas Brincantes, contação de histórias e visita guiada no Museu Afro-Brasileiro. A programação segue até domingo com atividades que envolvem escrita criativa, musicalização, dança, espetáculos teatrais, lançamentos de livros e três instalações permanentes no Teatro Gregório de Mattos. O encerramento será marcado por um mini recital em homenagem a Maria Felipa.Além do conteúdo lúdico, o festival promove ações de valorização e reconhecimento. O Troféu Julhinho será entregue a professores e instituições que atuam com educação descolonizadora, enquanto a Medalha Calu homenageia crianças protagonistas do projeto.A curadoria conta com nomes de destaque nas artes negras baianas, como os atores Lázaro Ramos e Valdinéia Soriano, a diretora Cássia Valle, a produtora e atriz Lucila Laura, além das jovens atrizes Ayana Dantas e Pietra Gomes.“O projeto tem um papel importantíssimo de transformação social, de reconhecimento, afirmação, identidade. A gente trabalha com infâncias negras e a gente fala de forma lúdica, ensina sobre racismo”, afirma Lucila Laura. “Gerações anteriores não tiveram esse conteúdo. Então, saber que as nossas pretinhas e nossos pretinhos estão podendo acessar esse conhecimento, estão podendo se compreender enquanto criança preta é muito importante, é uma transformação”, completa.Contemplado pelo edital Gregórios – Ano IV, o Julho das Pretinhas conta com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), por meio do Ministério da Cultura e do Governo Federal.