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Conforme apuração do Metrópoles, foram solicitados, no último dia 2, todos os registros da entrada dele no Senado, através da Lei de Acesso à Informação (LAI), no entanto, a Casa alegou que as informações são de “caráter pessoal” e citou trecho da legislação que assegura o sigilo centenário.“Os dados solicitados consistem em informações de caráter pessoal, haja vista se referirem a pessoa natural identificada, submetendo-se aos regramentos dos artigos 55 e seguintes do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012 (Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011), bem como aos arts. 5º e 7º da Lei nº 13.709, de 14 de agosto 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD)”, detalhou o Senado.Apesar do sigilo, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) já admitiu ter se encontrado com o Careca do INSS, uma das figuras centrais da “Farra do INSS”. Ao O Globo, o parlamentar disse que recebeu o lobista ao menos três vezes em seu gabinete.Até o momento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não se manifestou sobre o sigilo de 100 anos. A negativa aplicada pela Casa bate diretamente de encontro com o entendimento da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre os registros de entradas.“Há interesse público na divulgação da relação de pessoas que adentraram nas dependências de órgãos públicos, pois o cotejamento dos registros de entrada/saída com a publicação das agendas de autoridades, prevista no artigo 11 da Lei nº 12.813/2013 (Lei do Conflito de Interesses), permite identificar eventuais irregularidades e indicar conflitos de interesse no exercício do cargo ou função pública”, diz enunciado da CGU.Ao contrário do Senado, a Câmara atendeu ao pedido da coluna. Não há, contudo, registros de entrada do lobista no órgão desde 1º de janeiro de 2019, segundo a Casa.Careca do INSSAntonio Carlos Camilo Antunes é apontado como um dos principais operadores de um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As investigações da Polícia Federal apontam que o “Careca do INSS” movimentou mais de R$ 50 milhões no esquema de descontos ilegais.