A Justiça de Belo Horizonte converteu para preventiva, neste domingo (27), a prisão de Matteos França Campos, acusado de matar a mãe dele, a professora de história Soraya Tatiana Bomfim. Detido desde a última sexta-feira (25), o homem de 32 anos passou por audiência de custódia na tarde de hoje, presencialmente.
Durante a audiência, a defesa de França pediu que o Judiciário encaminhe um ofício ao sistema prisional para fortalecer a segurança entorno do investigado uma vez que ele estaria sendo ameaçado. Os advogados ainda argumentaram que a unidade prisional para onde o detido foi levado está operando acima da capacidade de ocupação.
As audiências de custódia são realizadas em todos os casos de detenção para que o poder Judiciário avalie se a prisão aconteceu dentro da lei e se o alvo do mandado sofreu algum tipo de violação de direitos.
A defesa não pediu relaxamento da prisão para o investigado. Sobre o crime, a defesa de Matteos afirma que ainda não conversou com o cliente sobre os fatos citados no inquérito.
A prisão preventiva é quando a Justiça decide manter uma pessoa presa antes do julgamento, por entender que ela pode atrapalhar as investigações, fugir ou representar risco para outras pessoas. É uma medida usada em casos mais graves, quando não é possível esperar o processo em liberdade.
Relembre o caso
A morte da professora Soraya Tatiana Bomfim, de 56 anos, chocou o país. Ela desapareceu no dia 18 de julho e foi encontrada morta dois dias depois, sob um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. Segundo a polícia, o filho da vítima, Matteos França Campos, de 32 anos, confessou o crime.
Soraya era professora de história no Colégio Santa Marcelina desde 2017 e coordenava projetos voltados para cidadania e justiça social. Ela era muito querida por alunos e colegas, sendo lembrada pelo sorriso e dedicação ao ensino.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Soraya foi morta entre 17h e 19h da sexta-feira (18). Matteos disse que a enforcou, mas a causa exata da morte ainda vai ser avaliada pelos peritos.
O investigado disse ainda que colocou o corpo da mãe no porta-malas do carro dela e foi até o local onde foi abandonado. Inicialmente, foi levantada uma suspeita de abuso sexual, mas a hipótese não foi confirmada até o momento.
Inicialmente, foi Matteos quem registrou o desaparecimento da mãe e relatou à polícia que ela estava em casa na noite do crime. No entanto, contradições no depoimento levantaram suspeitas, e ele acabou preso no dia 25 de julho. Em depoimento, ele confessou ter matado a mãe após uma discussão motivada por dívidas com empréstimos e jogos online. A polícia ainda apura se o crime foi premeditado.
Matteos trabalhava como assessor da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais desde 2021. Após a confissão, ele foi exonerado do cargo. Ele está preso no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte.
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