Emanuelle Araújo e Ilê Aiyê lançam nova música; veja clipe

Está no ar o clipe de ‘Cadência Nobre’, novo single de Emanuelle Araújo, em parceria com o Ilê Aiyê. A canção foi composta por Tenison Del Rey e Edu Casanova, autores que já tiveram músicas gravadas por nomes como Ivete Sangalo, Chiclete com Banana e Daniela Mercury. Com uma base percussiva marcante e teclados que evocam a sonoridade do axé dos anos 1980 e 1990, a faixa emocionou a ex-Banda Eva. “Estava em casa, em São Paulo, quando recebi a versão voz e violão. Chorei na hora”, conta a cantora. “Meu marido até perguntou o que tinha acontecido. Respondi: ‘Me dê solidão, porque é coisa boa.’”Grande parte das gravações aconteceu em Salvador, no lendário estúdio W.R. — considerado o Abbey Road da música baiana. Os vocais e sopros foram registrados no estúdio Marini, no Rio de Janeiro, enquanto as cordas ficaram a cargo da Tallin Studio Orchestra, da Estônia — país de nomes consagrados da música erudita como Arvo Pärt e os maestros Paavo e Kristjan Järvi. Outro destaque da gravação é o piano de Marcelo Galter, do trio Mocofaia, que dialoga com delicadeza com a interpretação de Emanuelle. “Sempre sonhei com uma música que unisse uma orquestra percussiva a uma de cordas. Senti que Cadência Nobre era perfeita para experimentar isso”, revela a artista.Com produção de Kassin e mixagem assinada pelo premiado engenheiro de som Michael Brauer — que já trabalhou com John Mayer, Rolling Stones, Coldplay, James Brown e Rod Stewart —, Cadência Nobre representa mais um capítulo da jornada de Emanuelle Araújo na valorização da música baiana. A faixa integra o repertório de seu novo álbum, previsto para o segundo semestre.

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Nos lançamentos anteriores, Emanuelle revisitou o samba-reggae em ‘Vá na Paz do Senhor’ (de Xexéu, um clássico da Timbalada), regravou ‘Minha História’ e celebrou a axé music em ‘Tem Não’, parceria com Tatau. Agora, com Cadência Nobre, que chega às plataformas digitais no dia 17 de abril, a artista presta uma reverência musical ao Ilê Aiyê — o bloco afro mais antigo do Brasil, que completou 50 anos no Carnaval de 2025. “O Ilê é o precursor de tudo isso que estamos celebrando”, destaca Emanuelle.Ao ouvir a composição pela primeira vez, ela não hesitou em procurar Vovô, que aprovou a canção e autorizou a participação de integrantes da banda do bloco. Os arranjos orquestrais ficaram por conta de Felipe Pinaud, que também assina a flauta da gravação.

|  Foto: Divulgação

A conexão de Emanuelle com o Ilê Aiyê vem de longa data — desde os tempos em que fazia aulas de dança no Pelourinho. A admiração permaneceu ao longo da sua carreira como intérprete, especialmente quando esteve à frente da Banda Eva. “Convivi algumas vezes com Vovô, e criamos uma relação de muito respeito. O Ilê está sempre nas minhas playlists. Com sua força e musicalidade, o bloco e a fundação seguem ativos o ano todo, com projetos essenciais. Por isso, esse lançamento tem um valor muito especial para mim”, finaliza. “Adoro o nome da música Cadência Nobre. Me vem de imediato a imagem da nobreza dos seus integrantes, na saída do Ilê. Ali estamos na frente de muitas divindades. Para mim é um momento sagrado”, diz Emanuelle. “Me lembrei muito das imagens dessas noites do Ilê quando fui colocar voz na música”, complementa. Assista ao clipe de Cadência Nobre

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