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Na chegada, mesmo apresentando falta de ar e com a idade elevada, a paciente não teve o atendimento prioritário garantido por lei. Após confirmar o quadro de pressão baixa, ela foi admitida na unidade.”Foi para a sala vermelha”, diz a filha, que não pode acompanhar a mãe. Ela acusa um enfermeiro de maus tratos por ter se recusado a levar a idosa ao banheiro, apesar dios apelos, obrigando-a a pasar a noite implorando para urinar. “Ele (o enfermeiro) fazia deboche com minha mãe: ‘socorro, socorro quero ir no banheiro'”, conta a filha indignada.No dia seguinte, terça-feira, 29, quando foi substituir a irmã e saber notícias da mãe, foi surpreendida com a remoção às pressas do leito. “Viemos para o hospital Dois de julho, em Salvador, e nem a enfermeira que nos acompanhou sabia o porque. ‘Só mandaram eu vir’, disse a profissional que acompanhou a transferência”.Nem mesmo no hospital a médica que atendeu a idosa conseguiu entender o motivo da regulação. “Ela perguntou por que ela está aqui? A justificativa era uma inflamação do pulmão, enquanto no leito ao lado tinha um senhor aguardando regulação há 4 dias”, diz a acompanhante da mãe, que já recebeu alta.Dupla fraturaHá uma semana, um outro caso também chocou a irmã de um paciente cuja identidade será igualmente preservada. Ele sofreu um acidente e deu entrada na UPA com o pé inchado. Realizou exame de raios-x e, após medicado, foi mandado para casa.”O médico falou que não havia quebrado nada e passou medicamentos para comprar e tomar em casa”, lembra a irmã. Após 5 dias sem melhora e sentindo muita dor, ele pagou uma consulta particular e um novo raio-x, onde constatou a fratura em dois pontos do pé.
Paciente liberado na UPA teve que passar por cirurgia no HGC.
| Foto: Acervo pessoal
O paciente foi transferido para o Hospital Geral de Camaçari e precisou passar por cirurgia, mas passa bem. Mas a revolta permanece. “Colocam pessoas lá na UPA para trabalhar e não fazem o trabalho direito. Isso é incompetência dessa UPA”, desabafa a irmã.