A Galeria Blombô, em São Paulo, apresenta a partir de 31 de julho a mostra “Centenários & Contemporâneos”, que antecipa o 121º leilão da plataforma. A exposição destaca Eduardo Sued, que completa 100 anos em 2025, e Antonio Poteiro, que também celebraria seu centenário neste ano. Além deles, compõem o acervo obras de mais de 30 artistas que representam diferentes momentos da arte brasileira — do modernismo à produção contemporânea.
Até 11 de agosto, o público pode visitar a exposição presencialmente. Depois disso, as obras serão leiloadas nos dias 11 e 12 de agosto, às 20h, exclusivamente online pelo site blombo.com, sob o comando do leiloeiro Daniel Rebouço.
Eduardo Sued: geometria e cor em alta potência
Eduardo Sued, nascido no Rio de Janeiro, iniciou sua carreira nas artes em 1949, logo após se formar em engenharia. Trabalhou com Oscar Niemeyer e estudou com Henrique Boese. No entanto, foi o contato com o construtivismo e a abstração geométrica — influenciado por Mondrian e pela Bauhaus — que definiu seu estilo.
A mostra traz a obra “Sem Título” (1986), que exemplifica essa fase madura e vibrante do artista.

Antonio Poteiro: arte popular e espiritualidade
Antonio Poteiro, nascido em Portugal e radicado em Goiás, criou um legado que une referências bíblicas, cenas regionais e cultura popular. Suas telas expressam suas vivências e heranças culturais com traços marcantes.
A obra “Santa Ceia”, de grandes dimensões, integra a exposição e sintetiza bem sua estética espontânea e simbólica.

Ascânio MMM: entre a escultura e a arquitetura
Ascânio MMM, escultor luso-brasileiro, construiu uma carreira sólida ao longo de cinco décadas. Seus trabalhos unem matemática, precisão arquitetônica e o uso sensível da madeira.
Na mostra, destacam-se “Fitangular Ipê 4”, feita com madeiras brasileiras, e “Composição 20”, criada em 1967 — ambas já exibidas em espaços como a Casa Roberto Marinho.

Di Cavalcanti e Lorenzato: modernismo plural
A obra “Mãe e Filho”, de Di Cavalcanti, data da década de 1950, período em que o artista retornou de Paris e experimentou uma fase cubista. O trabalho participou da Bienal de Veneza de 1956, sendo considerado um marco dessa transição.

Já Amadeo Luciano Lorenzato, nascido em Belo Horizonte, aparece com a obra “Fábrica” (1973). Com estilo primitivista, Lorenzato capturava o cotidiano mineiro de forma única e sensível.

Regina Vater e Guignard: memória e ancestralidade
Regina Vater, multiartista com projeção internacional, apresenta uma obra em grafite e marcador. Seu trabalho explora mitos ancestrais, natureza e tempo. Atualmente, ela também participa da mostra Pop Brasil, na Pina Contemporânea.

Por outro lado, Alberto da Veiga Guignard é lembrado com o “Retrato de Géza Heller” (1943). A pintura já integrou exposições no MASP e no Museu Nacional de Belas Artes. Guignard eternizou em suas obras as paisagens de Minas e o imaginário religioso local.

Crédito das reproduções das imagens de obras: Michael Rodrigues
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