Blombô celebra centenário de Sued e Poteiro com mostra e leilão de obras icônicas

Antônio Poteiro. Santa Ceia, 1995. Óleo sobre tela. Assinado canto inferior direito. 180 x 170 cm

A Galeria Blombô, em São Paulo, apresenta a partir de 31 de julho a mostra “Centenários & Contemporâneos”, que antecipa o 121º leilão da plataforma. A exposição destaca Eduardo Sued, que completa 100 anos em 2025, e Antonio Poteiro, que também celebraria seu centenário neste ano. Além deles, compõem o acervo obras de mais de 30 artistas que representam diferentes momentos da arte brasileira — do modernismo à produção contemporânea.

Até 11 de agosto, o público pode visitar a exposição presencialmente. Depois disso, as obras serão leiloadas nos dias 11 e 12 de agosto, às 20h, exclusivamente online pelo site blombo.com, sob o comando do leiloeiro Daniel Rebouço.

Eduardo Sued: geometria e cor em alta potência

Eduardo Sued, nascido no Rio de Janeiro, iniciou sua carreira nas artes em 1949, logo após se formar em engenharia. Trabalhou com Oscar Niemeyer e estudou com Henrique Boese. No entanto, foi o contato com o construtivismo e a abstração geométrica — influenciado por Mondrian e pela Bauhaus — que definiu seu estilo.

A mostra traz a obra “Sem Título” (1986), que exemplifica essa fase madura e vibrante do artista.

Eduardo Sued. Sem título, 1986. Óleo sobre tela. Assinado verso. 115 x 170 cm
Eduardo Sued. Sem título, 1986. Óleo sobre tela. Assinado verso. 115 x 170 cm

Antonio Poteiro: arte popular e espiritualidade

Antonio Poteiro, nascido em Portugal e radicado em Goiás, criou um legado que une referências bíblicas, cenas regionais e cultura popular. Suas telas expressam suas vivências e heranças culturais com traços marcantes.

A obra “Santa Ceia”, de grandes dimensões, integra a exposição e sintetiza bem sua estética espontânea e simbólica.

 

Antônio Poteiro. Santa Ceia, 1995. Óleo sobre tela. Assinado canto inferior direito. 180 x 170 cm
Antônio Poteiro. Santa Ceia, 1995. Óleo sobre tela. Assinado canto inferior direito. 180 x 170 cm

Ascânio MMM: entre a escultura e a arquitetura

Ascânio MMM, escultor luso-brasileiro, construiu uma carreira sólida ao longo de cinco décadas. Seus trabalhos unem matemática, precisão arquitetônica e o uso sensível da madeira.

Na mostra, destacam-se “Fitangular Ipê 4”, feita com madeiras brasileiras, e “Composição 20”, criada em 1967 — ambas já exibidas em espaços como a Casa Roberto Marinho.

Ascânio MMM. Composição 20, 1967. Escultura em madeira pintada. 80 x 80 x 7 cm
Ascânio MMM. Composição 20, 1967. Escultura em madeira pintada. 80 x 80 x 7 cm

Di Cavalcanti e Lorenzato: modernismo plural

A obra “Mãe e Filho”, de Di Cavalcanti, data da década de 1950, período em que o artista retornou de Paris e experimentou uma fase cubista. O trabalho participou da Bienal de Veneza de 1956, sendo considerado um marco dessa transição.

Mãe e filho_Di Cavalcanti
Emiliano Di Cavalcanti. Mãe e filho, déc. 1950 – Óleo sobre tela – Assinado canto inferior direito – 60 x 48 cm

Já Amadeo Luciano Lorenzato, nascido em Belo Horizonte, aparece com a obra “Fábrica” (1973). Com estilo primitivista, Lorenzato capturava o cotidiano mineiro de forma única e sensível.

Amadeo Luciano Lorenzato. Fábrica, 1973. Óleo sobre eucatex. Assinado canto inferior direito, 52 x 42 cm_
Amadeo Luciano Lorenzato. Fábrica, 1973. Óleo sobre eucatex. Assinado canto inferior direito, 52 x 42 cm

Regina Vater e Guignard: memória e ancestralidade

Regina Vater, multiartista com projeção internacional, apresenta uma obra em grafite e marcador. Seu trabalho explora mitos ancestrais, natureza e tempo. Atualmente, ela também participa da mostra Pop Brasil, na Pina Contemporânea.

Regina Vater. Sem título. Grafite e caneta marcador sobre papel. Assinado canto inferior direito. 37 x 27 cm
Regina Vater. Sem título. Grafite e caneta marcador sobre papel. Assinado canto inferior direito. 37 x 27 cm

Por outro lado, Alberto da Veiga Guignard é lembrado com o “Retrato de Géza Heller” (1943). A pintura já integrou exposições no MASP e no Museu Nacional de Belas Artes. Guignard eternizou em suas obras as paisagens de Minas e o imaginário religioso local.

Alberto da Veiga Guinard. Retrato de Géza Heller, 1943. Óleo sobre madeira. 30 x 20 cm. Participou das exposições: "A Nova Flor de Abacate", Grupo Guignard, galeria de arte BANERJ, 1943; "100 anos de Guignard", Museu de Arte da Pampulha (MAP), 1996. Etiquetas no verso. Humanismo lírico de Guignard, realizado no Museu Nacional de Belas Artes RJ, 2000 e Museu de Arte de São Paulo (MASP), 2000.
Alberto da Veiga Guinard. Retrato de Géza Heller, 1943. Óleo sobre madeira. 30 x 20 cm. Participou das exposições: “A Nova Flor de Abacate”, Grupo Guignard, galeria de arte BANERJ, 1943; “100 anos de Guignard”, Museu de Arte da Pampulha (MAP), 1996. Etiquetas no verso. Humanismo lírico de Guignard, realizado no Museu Nacional de Belas Artes RJ, 2000 e Museu de Arte de São Paulo (MASP), 2000.

 

Crédito das reproduções das imagens de obras: Michael Rodrigues

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