
Sede do Deinter-2, em Campinas
João Gabriel Alvarenga/g1
Campinas (SP) registrou 41 assassinatos no 1º semestre de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira (31). As regiões do 9º e 11º Distritos Policiais (DP), que abrangem o Campo Grande, Satélite Íris, Ouro Verde e Campo Belo, concentraram 48,7% do total, chegando a 20 registros. Veja abaixo.
Segundo Antonio Carlos Bellini Júnior, advogado criminalista e especialista em segurança, as regiões da cidade que contabilizam mais homicídios são as regiões com maior pobreza, com influência de fatores como escolaridade e migração de pessoas.
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Regiões com mais homicídios
De acordo com a SSP, Campinas registrou 41 homicídios dolosos entre janeiro e junho de 2025. Isso significa que a metrópole teve, em média, 1 assassinato a cada 4 dias no período.
A maior parte dos casos de homicídio ficou concentrada nas regiões do 9º e do 11º DP: foram 20 nas duas áreas, sendo registrados 10 em cada. As duas delegacias abrangem as regiões do Campo Grande, Satélite Íris, Ouro Verde e Campo Belo.
A segunda área com mais registros é a do 2º DP, que abrange as regiões do Jardim Campos Elíseos, Jardim Monte Cristo e Jardim Santa Cruz – foram 7 homicídios no mesmo período.
9º DP – 10
11º DP – 10
2º DP – 7
7º DP – 4
6º DP – 2
5º DP – 2
1º DP – 2
8º DP – 2
10º DP – 2
4º DP – 0
3ºDP – 0
13º DP – 0
12º DP – 0
Possíveis fatores
Bellini avalia que a região sul de Campinas é a região com maior pobreza e a que possui maior quantidade dos homicídios. Para ele, fatores como escolaridade e migração de pessoas são fatores que podem explicar a taxa criminal.
“Quanto menor a escolaridade, você tem uma tendência maior de ter casos de homicídio. Quando a pessoa tem relação com o crime, ela tem uma tendência maior a ser assassinada. Então, tem algumas características vinculadas a isso”, pondera.
“O Campo Belo, por exemplo, é uma região de migração. Muitas das famílias que estão estabelecidas ali são famílias que não possuem ainda vínculos de vizinhança, o que pode levar a esse tipo de discussão”, acrescenta o advogado.
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