
O governo de Portugal decretou neste sábado (2) estado de alerta devido ao risco elevado de incêndios florestais, alimentados por uma onda de calor que atinge quase todo o território continental. A medida entra em vigor no domingo (3) e deve durar até quinta-feira (7).
Lisboa, Setúbal, Porto e outras cidades do litoral têm risco moderado, mas as regiões do Norte, Centro e Algarve estão sob alerta máximo, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Na capital portuguesa, os termômetros podem chegar a 35 °C neste domingo.
A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, disse que a próxima semana será difícil por causa das altas temperaturas e da baixa umidade. O estado de alerta permite a adoção de medidas excepcionais para prevenir incêndios.
Entre as restrições estão:
proibição de queimadas;
proibição do uso de fogos de artifício;
restrição de acesso a áreas florestais;
reforço na fiscalização.
Fumaça sobe sobre as colinas durante um incêndio florestal na Serra da Boneca, em Penafiel, Portugal, em 31 de julho de 2025.
REUTERS/Violeta Santos Moura
Segundo a ministra, essas proibições podem ter exceções específicas previstas em lei. Ela também afirmou que todos os dispositivos de combate a incêndios estão mobilizados e que haverá reforço da atuação da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública e das Forças Armadas.
“Peço que confiemos em nossos bombeiros e autoridades, que têm realizado um trabalho extraordinário”, declarou.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiou a decisão do governo e disse que “mais vale prevenir do que remediar”. Ele reforçou que este será um período difícil e que o estado de alerta serve para evitar tragédias.
Desde o início do ano, mais de 25 mil hectares já foram consumidos pelo fogo em Portugal, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis).
* Com informações da RFI
Bombeiros tentam conter incêndios que atingiram florestas de Portugal durante a semana. Imagem de Cinfães, no norte do país, em 31 de julho de 2025.
REUTERS – Violeta Santos Moura