Leia Também:
Tirar um pedaço da fruta que está estragada e comer o resto faz mal?
Mito ou verdade: papel higiênico deve ir no vaso sanitário ou no lixo?
Fé ou tradição? Saiba por que as pessoas vestem branco às sextas-feiras
“Os residentes costeiros provavelmente vivem mais devido a diversos fatores interrelacionados”, explicou Jianyong ‘Jamie’ Wu, professor da instituição e autor principal do estudo. Entre os motivos estão a melhor qualidade do ar, temperaturas mais amenas, acesso facilitado a atividades de lazer, boas condições de transporte, menor exposição a secas e níveis mais altos de renda.Contraste com áreas urbanas próximas a rios e lagosO estudo também trouxe uma constatação oposta para quem vive próximo a corpos d’água interiores em áreas urbanas. Em locais perto de rios ou grandes lagos com mais de 10 km², a expectativa de vida observada foi de 78 anos — um ano abaixo da média nacional.“A poluição, a pobreza, a falta de oportunidades seguras para a prática de atividades físicas e o maior risco de inundações são provavelmente impulsores dessas diferenças”, explicou o coautor Yanni Cao. Os dados indicam que, ao contrário das zonas costeiras, a presença de água em áreas urbanas nem sempre se traduz em benefícios à saúde.Regiões rurais têm impactos mais neutrosAs áreas rurais próximas a rios ou lagos também foram analisadas. Nesses casos, houve uma leve melhora na expectativa de vida, embora os benefícios não tenham sido tão consistentes quanto nas regiões costeiras. A menor densidade populacional e níveis mais baixos de poluição podem estar por trás da diferença.“Pensávamos que qualquer tipo de ‘espaço azul’ poderia trazer efeitos positivos, e nos surpreendemos ao encontrar uma diferença tão significativa e clara entre os que vivem próximos ao mar e aqueles perto de águas interiores”, afirmou Wu. “Encontramos uma clara diferença: em zonas costeiras, as pessoas vivem mais”.Os pesquisadores sugerem que os resultados sejam considerados na formulação de políticas de saúde pública. Segundo eles, fatores como clima, qualidade do ar, acesso a atividades físicas e condições socioeconômicas influenciam diretamente a forma como o ambiente impacta a saúde e a longevidade das populações.