Escolhido como principal algoz dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, tem um histórico político que contrapõe as acusações de que é um “esquerdista” ou “comunista” dentro da Corte.O Portal A TARDE revisitou o passado político e partidário do magistrado. Atualmente no STF, o ministro ocupou cargos em gestões de centro-direita, foi alvo de ataques de setores da esquerda, e foi filiado a partidos do espectro da direita. Apesar disso, nunca disputou eleições.Alexandre começou sua caminhada política nas fileiras do antigo Partido da Frente Liberal (PFL), sigla que deu origem ao Democratas, já extinto. Foi secretário municipal de Transportes de São Paulo durante a gestão de Gilberto Kassab.Em 2016, quando esteve no cargo de secretário de Justiça de São Paulo, filiado ao PSDB (que passou a integrar a centro-direita), Moraes se posicionou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Tempos depois, foi nomeado ministro da Justiça por Michel Temer (MDB).Conhecido por posições conservadoras, Moraes polemizou, como ministro, ao defender uma atuação conjunta com o Paraguai para a “erradicação da maconha”. No mesmo período, apareceu com um facão cortando os plantios, se tornando centro de uma nova polêmica.Ida ao STFMoraes foi nomeado ministro do STF em 2017, com a morte de Teori Zavascki. Sua escolha, no entanto, não foi bem aceita pelo PT.Na época, Moraes foi acusado de atuar de maneira partidária nos cargos que havia ocupado anteriormente.“Vamos nos opor no Senado à indicação porque é complicado ter no STF um ministro filiado a um partido, julgando na mais alta Corte ações envolvendo assuntos ligados a integrantes do governo. Somos contra a indicação”, criticou o deputado Carlos Zaratini (PT) em 2017.Alvo da Lei MagnitskyApontado como opositor dos bolsonaristas, Alexandre de Moraes se tornou alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos, no âmbito da Lei Magnitsky.A lei americana é aplicada contra aqueles que são considerados corruptos ou violadores dos direitos humanos. A decisão do presidente Donald Trump foi mais uma retaliação ao Brasil, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado.
Chamado de ‘esquerdista’, Moraes tem histórico em partidos de direita
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