Cães de serviço costumam ser mais do que o melhor amigo do humano. Eles também são salvadores de vidas. Capazes de identificar o perigo a longas distâncias pelo faro, quando treinados, conseguem detectar alterações na glicemia de pessoas com diabetes e evitar crises de estresse, epilepsia e diversas outras condições de saúdeIsso porque os animais percebem mudanças mínimas no corpo do dono e alertam antes mesmo que os sintomas apareçam. Como é exemplo em pessoas com diabete.”Em geral, eles conseguem identificar alterações químicas que interferem no odor exalado pelo tutor de 15 a 20 minutos antes do início dos sintomas”, detalha Renata Boragini Rodrigues, treinadora certificada do Service Dog Brasil, em entrevista ao G1Como os sintomas são percebidos?Os chamados cães de alerta médico ou cães de serviço passam por meses de treinamento para aprender a associar o odor característico de uma crise e também como avisar o tutor ao identificar um problema.Além do diabetes, os cães também podem ser treinados para lidar com problemas como a epilepsia, estresse pós-traumático, autismo, entre outros.Bruno Benetti Torres, chefe do Departamento de medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás, explica que, durante episódios de desequilíbrio glicêmico, o corpo humano sofre alterações metabólicas que resultam na liberação de compostos orgânicos voláteis específicos.”Essas mudanças criam uma ‘assinatura de odor’ química distinta, imperceptível aos humanos, mas altamente detectável pelos cães. O cão utiliza seu olfato extraordinariamente apurado, que é milhares de vezes mais sensível que o humano”, explica Torres.Como agem os cães de serviço?Isso faz com que os cães consigam perceber oscilações antes mesmo que os níveis de glicose atinjam patamares alarmantes em dispositivos de monitoramento ou antes mesmos dos sintomas.”À medida que o cão identifica essas alterações, ele começa a chamar a atenção do tutor e das pessoas que o cercam”, comenta a treinadora Renata Boragini Rodrigues.Para conseguir chamar a atenção do dono, em situações como essa, os cães costumam tocar o tutor com a pata ou com o focinho, enviam um sinal específico, como segurar determinado brinquedo na boca, sentam na frente do tutor, olhando e rosnando e, em último caso, latir incessantemente.
Cães de serviço alertam donos e salvam vidas de pessoas com diabetes
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