Líder do BDM, Boca Nua morre em confronto com a polícia em Salvador

O integrante da carta Três de Espadas no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP/BA), Elias Soares Santos, o Boca Nua, morreu durante confronto com a polícia em meio à Operação Hunt no bairro de Nazaré, em Salvador.Líder do BDM, Boca Nua era investigado por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e atuação como liderança do crime organizado no bairro do Comércio. A sua esposa também foi presa sob a acusação de ter participação em um homicídio. Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) se deslocaram até o local para cumprir dois mandados de prisão em aberto contra o foragido. Durante a tentativa de abordagem, Elias reagiu e entrou em confronto com os policiais. Ele foi atingido, socorrido para uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos.

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As investigações conduzidas pela Polícia Civil, indicam que “Boca Nua” integrava um grupo criminoso com atuação em diversos bairros de Salvador. O alvo era monitorado pelo setor de inteligência e vinha utilizando endereços alternativos para se esconder, inclusive na região da Ladeira do São Francisco, onde foi localizado. Ele passou a integrar a carta do naipe de espadas em agosto de 2024 e, em maio, foi alvo da Operação Proteger, deflagrada em conjunto pelas polícias Militar e Civil no combate ao tráfico de drogas.O que é o Baralho do CrimeDesde 2008, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia vem inovando no enfrentamento à criminalidade com um recurso único: o Baralho do Crime. Essa iniciativa usa cartas de baralho para exibir fotos e dados dos criminosos mais procurados, facilitando o reconhecimento e a colaboração da população.Com 52 cartas divididas nos quatro naipes tradicionais, paus, ouros, copas e espadas, cada carta destaca um foragido, trazendo detalhes como nome, apelido e os crimes que ele cometeu. A posição da carta também indica o nível de ameaça, com os ‘áses’ representando os criminosos mais perigosos de cada grupo.Mais do que um simples material informativo, o Baralho do Crime conecta cidadãos e forças policiais, estimulando denúncias anônimas e seguras. O objetivo é claro: transformar rostos desconhecidos em nomes familiares, ampliando a participação popular na luta contra o crime.

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