
Mulheres apontadas como chefes de facção em MT são presas em shopping do RJ
Priscila Moreira Janis e o ex-marido Robson Junior Jardim dos Santos podem estar por trás de mais de 100 assassinatos em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, segundo o delegado Bruno França. Robson está preso, já Priscila e Ingrid Fontinelles Moraes, mulher de outro chefe de facção, foram presas em um shopping, no estado do Rio de Janeiro, nesse domingo (3), após dois anos foragidas.
Ingrid foi presa por organização criminosa e tráfico de drogas e Priscila por organização criminosa e homicídio. Segundo a Polícia Civil, mesmo escondidas em outro estado, as duas seguiram ordenando crimes em Mato Grosso. O g1 tenta localizar a defesa das investigadas.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp
De acordo com o delegado, Priscila possuía três mandados de prisão em aberto. No entanto, entre 2022 e 2023, ela e Robson, casados na época, foram os responsáveis pela guerra de facções que resultou em diversos assassinatos.
“No primeiro ano da guerra, ela e o marido estavam à frente da facção criminosa e todo homicídio precisava da ordem ou aval deles para acontecer. Eles podem não ser os executores, mas estão envolvidos com mais de 100 homicídios, porque em 2022 até novembro de 2023, eles tacaram o terror aqui”, declarou.
Ingrid Fontinelles e Priscila Moreira Janis foram presas em um shopping do Rio de Janeiro.
Reprodução
Guerra de facções
Segundo a polícia, Priscila assumiu o posto de chefia dentro do Comando Vermelho em Sorriso, no norte do estado. As investigações apontaram que, por adotar uma postura violenta, ela provocou uma divisão dentro da facção.
Insatisfeitos com a quantidade de “salves” (punições internas) e “decretos” de morte ordenados por ela, os integrantes fundaram uma facção rival, que ficou conhecida como Tropa do Castelar.
A ruptura agravou a disputa pelo controle da região e resultou na morte de diversos membros do crime organizado. Depois da guerra, a tropa foi acolhida pelo PCC.
Ingrid Fontinelles e Priscila Moreira Janis no momento da prisão.
Reprodução