Nesta quinta-feira (7), o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,78%, cotado a R$ 5,47, atingindo o menor patamar desde o anúncio das tarifas extras de até 50% impostas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, em julho. O movimento de desvalorização da moeda norte-americana reflete o alívio nos mercados, com os efeitos das medidas protecionistas já amplamente precificados.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 1,04%, aos 134.537 pontos. O índice operou em terreno positivo ao longo de todo o dia, chegando a superar os 135 mil pontos em seu pico intradiário. O avanço foi impulsionado pelo otimismo com os balanços corporativos e os indicadores econômicos internos.
Mercado digere tarifas e volta atenção para fundamentos
Segundo analistas, o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil foi absorvido nas últimas semanas, o que reduziu a volatilidade no mercado de câmbio e ações. A menor pressão vinda do cenário externo permitiu aos investidores voltarem a concentrar suas análises nos fundamentos econômicos locais.
“O mercado já ajustou preços às tensões externas e agora mira a divulgação dos lucros trimestrais das companhias e os dados macroeconômicos domésticos”, avaliou um estrategista financeiro ouvido pela reportagem.
Foco nos balanços e cenário macroeconômico
Com a temporada de balanços em andamento, o mercado acompanha de perto os resultados das empresas listadas na B3. Os próximos dias também trarão indicadores relevantes para o desempenho do mercado, como dados do setor de serviços, indústria e possíveis sinalizações da política monetária.
A valorização do Ibovespa e a queda do dólar ocorrem em um momento de maior seletividade por parte dos investidores, que buscam ativos com fundamentos sólidos e potencial de valorização, diante de um cenário ainda incerto no ambiente internacional.
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