Cláudio Correa da Silva morreu aos 45 anos em Presidente Prudente (SP)
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O laudo necroscópico de Cláudio Correa da Silva, de 45 anos, que foi encontrado morto no quintal de uma casa onde realizava um serviço de manutenção, no dia 23 de julho, no Jardim Aviação, em Presidente Prudente (SP), confirmou que ele foi atingido por três disparos de arma de fogo, sendo um deles mortal. As informações sobre o caso foram concedidas ao g1 nesta quinta-feira (7) pelo delegado responsável pelas investigações, Fábio Bonni Ferrão.
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Conforme Ferrão, um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte.
“O procedimento investigatório encontra-se em andamento, com diligências em curso. Desde a comunicação do fato, foram adotadas as medidas iniciais cabíveis, como preservação do local, requisição de perícia técnico-científica e oitiva de testemunhas”, detalhou o delegado ao g1.
“Os laudos periciais já foram solicitados, estando o resultado de parte deles pendente de conclusão. O único laudo disponível até o momento é o laudo necroscópico, o qual confirmou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo, sendo um deles mortal, ao transfixar o tórax e atingir órgãos vitais, provocando hemorragia interna aguda traumática”, afirmou.
“Os demais laudos, ainda não emitidos, são imprescindíveis para esclarecer circunstâncias associadas ao evento, sendo, portanto, prematuro divulgar detalhes que possam interferir no andamento das apurações”, acrescentou Ferrão.
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O delegado ainda mencionou que a linha de investigação permanece aberta e que, além de latrocínio, como o caso foi registrado inicialmente, outras possibilidades estão sendo consideradas.
“No momento, a linha de investigação permanece aberta, e a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) ainda não foi descartada, embora nenhuma conclusão definitiva tenha sido firmada até então. Outras possibilidades também são consideradas e estão sendo analisadas com cautela pela equipe responsável pelo caso”, esclareceu ao g1.
“Diversas pessoas já foram ouvidas no curso da investigação, com o objetivo de traçar o histórico da vítima e levantar elementos que possam auxiliar na elucidação dos fatos. No entanto, a divulgação dos nomes ou vínculos dessas testemunhas poderá prejudicar o sigilo necessário à continuidade dos trabalhos policiais, razão pela qual tais informações são mantidas sob reserva”, pontuou Ferrão.
“A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a elucidação dos fatos e informa que novas informações poderão ser divulgadas oportunamente, assim que houver segurança jurídica e técnica para tal, sem prejuízo da investigação”, concluiu o delegado responsável pelo caso ao g1.
Entenda o caso
O corpo de Cláudio Correa da Silva foi encontrado pela namorada e pela esposa no quintal de uma casa, na Rua 12 de Outubro, no bairro Jardim Aviação, em Presidente Prudente.
De acordo com a Polícia Civil, as mulheres afirmaram que o relacionamento era aberto e que uma sabia da outra e, às vezes, os três saíam juntos.
Conforme o Boletim de Ocorrência, a namorada da vítima, de 35 anos, informou à polícia que conversou com o parceiro na manhã do dia 23 de julho e que ele teria dito que iria até a Rua 12 de Outubro para arrumar uma máquina.
Depois, ao tentar contato com o namorado, não conseguiu, pois a chamada caía direto na caixa postal. Ela alegou que, por volta das 19h, preocupada por não conseguir contato com o homem, ligou para a esposa dele, a qual disse que o mesmo não estava em casa e que também não conseguia contato com ele.
A esposa, de 40 anos, relatou que, ao passar das 22h, começou a ficar preocupada, pois o marido não tinha o hábito de chegar em casa além de tal horário.
Ainda conforme o Boletim de Ocorrência, a namorada alegou que as duas sentiram medo de ir até a casa onde o companheiro estaria e, por isso, combinou com a esposa do homem de irem juntas até o local na manhã do outro dia.
Ao chegarem ao endereço citado pelo companheiro, no dia 24 de julho, encontraram o veículo dele destrancado em frente ao imóvel, com a chave no contato. Ao entrarem na residência, se depararam com o corpo do homem no quintal, em frente a uma máquina de lavar roupas.
A Polícia Militar chegou a conversar com a moradora da casa vizinha. Ela contou que ouviu três barulhos parecidos com disparos de arma de fogo, mas, sabendo que o local é frequentado por usuários de drogas, preferiu não se envolver.
Ela disse ainda ter avistado um homem de pele parda, magro e alto, que não aparentava ser usuário de drogas, parado em frente ao imóvel. Mencionou que o homem ficou no celular, depois andou até próximo da linha férrea, entrou na casa, onde ficou um tempo, e depois ela não o viu mais.
O proprietário do imóvel onde o corpo do homem foi encontrado informou que a casa é de herança, que morou lá por quatro anos, mas que atualmente ela está à venda, inabitada.
A esposa da vítima afirmou que alguns bens do companheiro foram roubados, sendo eles: um cordão grosso de ouro, uma carteira e um celular.
Próximo à vítima foi localizado um pingente quadrado com a letra C, aparentemente de ouro, e aproximadamente R$ 240 em seu bolso.
A Polícia Científica esteve no local para realização da perícia técnica e o pingente, bem como o dinheiro, foi apreendido. O caso foi registrado como latrocínio, que é o crime de roubo seguido de morte, e está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da 8ª Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).
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