Homem é condenado a mais de 64 anos de reclusão por participar de chacina em Pio XII, no MA


Homem é condenado a mais de 64 anos de reclusão por participar de chacina em Pio XII, no MA
Divulgação/CGJ-MA
Um homem foi condenado a 64 anos e nove meses de reclusão por participar de uma chacina, na qual três pessoas foram mortas e outra ficou ferida. O crime aconteceu no dia 9 de setembro de 2024, na Vila Patativa, na cidade de Pio XII, a 270 km de São Luís. 
O réu Gabriel de Oliveira Sousa foi julgado nessa quarta-feira (6), em uma sessão do Tribunal do Júri da comarca. O julgamento foi presidido pelo juiz Daniel Luz, titular da Vara Única de Pio XII.
De acordo com a denúncia, Gabriel, em companhia de um homem chamado Luciano Sena, teria matado as três vítimas a tiros dentro da casa delas e tentado matar uma quarta pessoa. Foram mortos no local: Maria de Fátima da Conceição Santos, Júlio César Joaquim de Sousa e Carlos Henrique Oliveira Costa.
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Ainda segundo a denúncia, no dia do crime a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio e, chegando ao local, encontrou três pessoas baleadas dentro da residência, sendo que duas já estavam mortas, enquanto uma terceira estava agonizando, vindo a óbito em seguida.
Nas proximidades, em uma área de mata, o comparsa de Gabriel foi encontrado sem vida, também atingido por disparos de arma do fogo.
A investigação revelou que Gabriel e Luciano viajaram de Santa Inês para Pio XII com a intenção de matar essas pessoas. Ao chegarem à residência, durante a abordagem, realizaram disparos de arma de fogo, surpreendendo as vítimas.
A vítima que sobreviveu à chacina, só saiu com vida após conseguir se esconder em um quarto. Em depoimento a sobrevivente identificou Luciano como o atirador de Júlio César, enquanto que o denunciado teria sido o responsável pelos tiros que mataram Maria de Fátima e Carlos Henrique.
Apesar de haver armas na mesa, as vítimas não tiveram tempo de reagir. A sobrevivente mencionou, ainda, a presença de um terceiro suspeito, que teria entrado na casa depois da execução. Após o crime, Gabriel e Luciano fugiram, mas Luciano foi baleado e encontrado morto nas proximidades. Foi apurado que Luciano foi morto de forma acidental.
O denunciado Gabriel de Oliveira foi posteriormente localizado e preso em flagrante.
Armas de fogo apreendidas após a prisão do suspeito de participar da chacina.
Reprodução
As polícias Civil e Militar encontraram uma grande quantidade de drogas, armas e munições na residência onde aconteceu o crime, sugerindo que as vítimas estariam ligadas a atividades criminosas.
A materialidade e autoria do triplo homicídio foram confirmados pelos depoimentos das testemunhas, imagens do local do crime, e oitiva da sobrevivente, sendo destacado que foi utilizando recurso que dificultou a defesa das vítimas e por motivo torpe.
Foi narrado na denúncia que, quanto à pessoa que sobreviveu ao ataque, o crime somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade de Gabriel e porque ela fugiu para outro cômodo da casa, protegendo-se dos tiros.
“Ante o exposto, e em estrita conformidade com o veredito soberano do Conselho de Sentença, julgo procedente a pretensão punitiva do Estado para condenar o réu Gabriel de Oliveira Sousa (…) A pena total e unificada, em razão do concurso material de crimes, resta fixada em 64 anos e nove meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado”, sentenciou o magistrado.
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