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O levantamento mostra que, em comparação com dezembro de 2013, quando o país tinha 22,9 mil pessoas vivendo nas ruas, o número atual é 14,6 vezes maior. O MDS informou que, desde 2023, retomou a capacitação de entrevistadores e operadores do CadÚnico, reforçando a atuação dos municípios na coleta de dados. Também destacou que os números anteriores sofriam com subnotificação e inconsistências, resultado do enfraquecimento da atualização cadastral durante a gestão de 2019 a 2022.Entre os dados de março de 2025, o relatório aponta que 9.933 crianças e adolescentes (3%), 294.467 adultos de 18 a 59 anos (88%) e 30.751 idosos (9%) vivem em situação de rua no país. A maioria — 84% — é do sexo masculino. Em termos de renda, 81% dessas pessoas sobrevivem com até R$ 109 por mês, o que equivale a apenas 7,18% do salário mínimo atual, de R$ 1.518.A pesquisa também revela que 52% das pessoas em situação de rua não concluíram o ensino fundamental ou não têm nenhuma instrução formal, com predominância de pessoas negras. Esse índice é mais que o dobro do observado na população geral, em que 24% não completaram a escolaridade básica ou são analfabetos, segundo o Censo 2022 do IBGE. A baixa escolaridade, segundo o estudo, dificulta o acesso a oportunidades de trabalho.Em relação à distribuição geográfica, a Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua, totalizando 208.791 pessoas. A seguir, vêm o Nordeste (14% ou 48.374 pessoas), o Sul (13% ou 42.367), o Centro-Oeste (6% ou 19.037) e o Norte (4% ou 16.582). Quatro em cada dez pessoas em situação de rua vivem no estado de São Paulo (42,82%). O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 30.997 pessoas (10%), seguido por Minas Gerais, com 30.355.Entre as capitais, São Paulo lidera com 96.220 pessoas em situação de rua, seguida por Rio de Janeiro (21.764), Belo Horizonte (14.454), Fortaleza (10.045), Salvador (10.025) e Brasília (8.591). Na comparação histórica, 12 unidades da federação registraram aumento nos números de suas capitais: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Piauí, Paraíba, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por outro lado, nove estados apresentaram redução: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Maranhão, Goiás, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo. Seis estados mantiveram seus números estáveis: São Paulo, Bahia, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Norte e Tocantins.Considerando a proporção por mil habitantes, Boa Vista apresenta a maior taxa, com 20 pessoas em situação de rua para cada 1.000 habitantes. Em São Paulo, são oito; em Florianópolis, sete; e em Belo Horizonte, seis pessoas em situação de rua a cada mil habitantes.