MXRF11 mantém estabilidade e pode ampliar portfólio com nova emissão

O Maxi Renda FII (MXRF11), maior fundo imobiliário listado na B3 em número de cotistas, divulgou seu relatório gerencial referente a junho de 2025. O documento revela estabilidade nos dividendos, resultados positivos e planos para uma nova emissão de cotas visando ampliar o caixa e manter a capacidade de investimentos.

Atualmente, o fundo é negociado a R$ 9,45 por cota, valor próximo ao seu preço justo de R$ 9,48 (P/VP de 0,99). Embora ofereça dividend yield acima de 12% nos últimos 12 meses, há concorrentes no segmento de FIIs de papel com desconto mais atrativo no mercado.

Desempenho financeiro de junho

O MXRF11 apresentou receita total de R$ 54,1 milhões no mês, distribuída principalmente entre CRIs, cotas de outros FIIs, permutas financeiras e renda fixa. As despesas somaram R$ 3,1 milhões, resultando em lucro líquido de R$ 44,97 milhões.

A distribuição aos cotistas foi de R$ 43,73 milhões, equivalente a R$ 0,10 por cota, valor mantido desde maio. A diferença positiva entre o resultado e a distribuição indica acúmulo de caixa nos últimos meses, reforçando a sustentabilidade dos rendimentos.

Indicador (jun/2025) Valor
Cotação atual R$ 9,45
P/VP 0,99
Patrimônio líquido R$ 4,15 bilhões
Número de cotistas 1,3 milhão
Dividend yield (12m) 12%+
Último dividendo R$ 0,10/cota

A alocação do patrimônio segue concentrada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam 80% da carteira. Os demais recursos estão distribuídos em cotas de outros FIIs (12%), permutas financeiras (6,6%) e caixa (1,3%).

  • Indexadores:

  • IPCA: 86% das operações de CRI
  • CDI: 13,5% das operações
  • Taxa média CRI indexado ao IPCA: 8,63%

  • Taxa média CRI indexado ao CDI: 2,74%

A diversificação é um ponto positivo: o maior devedor representa apenas 3,45% do patrimônio líquido, reduzindo riscos em caso de inadimplência.

Pontos de atenção

Apesar da diversificação em CRIs, o MXRF11 apresenta maior concentração em alguns fundos imobiliários dentro da parcela alocada em FIIs, com destaque para um único fundo que concentra quase 30% do capital investido nessa classe.

Além disso, alguns CRIs antigos seguem sem gerar caixa devido a recuperações judiciais não solucionadas desde 2018, embora representem pequena parcela da carteira.

A gestão sinaliza a necessidade de nova emissão de cotas para reforçar o caixa e ampliar o portfólio. A expectativa é que os dividendos se mantenham no patamar de R$ 0,10 por cota até dezembro, sustentados por resultados mensais superiores ao valor distribuído.

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