O problema é que, para ser campeão do Brasileirão, da Copa do Brasil, da Libertadores, precisa passar pelo Flamengo e Palmeiras. Essa disputa ainda não é saudável
Rogério Ceni – técnico do Bahia
O Palmeiras caiu. Flamengo e São Paulo — carrascos do técnico Rogério Ceni — também. O Grêmio, maior algoz do Bahia na história da Copa do Brasil, está fora desde a 3ª fase. Pela frente, adversários mais “acessíveis”, sem um grande favorito. Por que não sonhar?Hora de pular etapas e sonharPor que não acreditar que o Bahia pode, finalmente, exorcizar a “maldição” das quartas de final da Copa do Brasil, seja qual for o adversário: Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Athletico-PR, Fluminense, Vasco ou Cruzeiro? Por que não “pular etapas”, priorizar o torneio e, quem sabe, colher frutos?Às vezes, parece que o Bahia se tornou muito metódico, burocrático… seguindo à risca o que está dentro do planejamento. E, claro, não me levem a mal: entendo e concordo com o projeto. Mas é preciso aproveitar as chamadas “janelas de oportunidade”. Esta é uma delas.Em 2024, o Bahia pulou etapas. Garantiu o retorno à Libertadores após 35 anos, quando, na verdade, o projetado — depois de o clube escapar do rebaixamento à segunda divisão na última rodada da Série A de 2023 — era fazer uma campanha sólida e sem sustos, conquistando uma vaga na Copa Sul-Americana.Naquele momento, apareceu uma oportunidade para o Bahia, e o objetivo ficou claro nas declarações de Rogério Ceni: levar o clube novamente à Libertadores. Missão concluída. “O Pioneiro voltou”.Agora, é hora de dar um passo a mais. É a oportunidade de mergulhar de cabeça na possibilidade de disputar um título nacional. Uma conquista inédita na história do clube. Um título que, após tantos anos de sofrimento, recolocaria o Bahia no topo do futebol brasileiro — lugar de onde nunca deveria ter saído.E se for possível? É hora de sonhar — e de dar um passo a mais.