Motta toma decisão contra motim bolsonarista; veja lista

A Mesa da Câmara dos Deputados, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar as denúncias sobre o motim bolsonarista que obstruiu o plenário na última semana, nos dias 5 e 6 deste mês.O documento para análise do caso foi enviado nesta sexta-feira, 8, após reunião extraordinária da Mesa.“A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, diz a nota da Secretaria-Geral.A decisão de Motta, por sua vez, contraria a expectativa de parte dos parlamentares que esperava que o presidente sugerisse o afastamento dos colegas que participaram do ato.

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Com o envio do documento, a Corregedoria deve analisar a solicitação se o caso pode resultar na suspensão do mandato dos deputados pelo período de seis meses.Deputados que podem ter mandato suspensoO documento encaminhado por Motta atendeu aos casos apontados pelo PT, que denunciou cinco deputados aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, são eles:Júlia Zanatta (PL-SC);Marcel van Hattem (Novo-RS);Marcos Pollon (PL-MS);Paulo Bilynskyj (PL-SP);Zé Trovão (PL-SC).Veja obstrução dos deputados

O dep. Marcel Van Hattem do NOVO se comportou como um playboy mimado em plena Câmara dos Deputados, tentando impedir que o presidente Hugo Motta se sentasse à mesa.É a cara da extrema-direita: tumultuar, chantagear o país e proteger os golpistas do 8 de janeiro e a família… pic.twitter.com/ilW2E5nZnw— Matheus Gomes (@matheuspggomes) August 7, 2025Além do partido de Lula, a agremiação que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, também apresentou uma representação a Motta. No documento, a sigla sugere o afastamento da seguinte parlamentar:Deputada Camila Jara (PT-MT), sob uma suposta alegação de ter empurrado o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).Corregedoria da Câmara dos DeputadosA análise pela corregedoria está prevista no ato da mesa que estabelece as regras de afastamento temporário do mandato.Deste modo, o corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), tem 48 horas para elaborar seu parecer à mesa.Se a Mesa decidir pelo afastamento dos parlamentares citados, o caso passa a ser analisado pelo Conselho de Ética. A decisão final cabe ao plenário da Câmara, em votação pautada por Motta. 

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