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Para a professora Pachiele da Silva, orientadora do projeto de Sarah e Isabel, o resultado é fruto da colaboração entre diferentes instituições e do estímulo à pesquisa no ambiente escolar. “A Secti teve papel fundamental ao fortalecer a cultura de inovação nas escolas públicas, promovendo políticas que valorizam a pesquisa e a proteção do conhecimento”, avalia. “A mentoria técnica do INPI foi essencial para orientar a proteção intelectual da tecnologia desenvolvida. A SEC incentivou práticas de pesquisa científica no Ensino Básico e fomentou ambientes de inovação como os Centros Territoriais de Educação Profissional. A UFRB garantiu suporte acadêmico, técnico e ético ao longo de todo o processo.”
| Foto: Arquivo Pessoal
Segundo Sarah, o depósito da patente representa a valorização de ideias que antes pareciam distantes da realidade dos estudantes da rede pública. “A emoção é muito grande, porque a gente costuma ver a questão de patente apenas em universidades, em doutorados”, ressalta. “Conseguir isso vindo do Ensino Médio de uma escola pública é motivo de muito orgulho para a gente. Conseguimos compreender que os projetos realmente vão muito além dos muros escolares. Ter esta patente como forma de proteger nossas ideias e entender que isso ultrapassa os limites da escola são questões que nos enchem de gratidão.”Investimento para inovação, clubes de ciências e laboratóriosUma das estratégias para ampliar o incentivo à inovação nas escolas baianas é o Edital Clubes de Ciência, lançado pela Secti, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). A chamada pública, que tem o investimento de R$ 8 milhões para concessão de bolsas e fomento à pesquisa escolar, vai selecionar 400 professores para coordenar os Clubes de Ciências em escolas da rede estadual.A partir dos clubes, coordenados pela SEC, será implantada a Trilha da Inovação. Executada pela Secti, com apoio de instituições como o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Sebrae, Sesi e outras, a trilha será dividida em quatro etapas: cultura de patente, incubação, aceleração e valorização das criações, conectando a produção estudantil à aplicação prática e ao empreendedorismo.O secretário da Secti, André Joazeiro, reforça que o registro da patente simboliza o protagonismo de uma nova geração de jovens cientistas nos colégios públicos da Bahia. “Sob a liderança da secretária Rowenna, as escolas públicas baianas têm demonstrado um enorme potencial de inovação”, afirma. “Projetos como este evidenciam que nossos estudantes estão prontos para produzir conhecimento, desenvolver tecnologias e transformar suas realidades. A Trilha de Inovação foi criada justamente para apoiar iniciativas como esta, oferecendo suporte técnico e estratégico desde a pesquisa até a proteção da propriedade intelectual. A cultura do registro de patentes é uma prioridade nossa, que já começa a ser disseminada na escola.”Para apoiar essas iniciativas, a rede pública estadual também passa a contar com novos espaços para estimular a pesquisa e a inovação. Ao todo, serão 270 laboratórios maker implantados em escolas da Bahia. Destes, 180 são fruto do Programa Mais Ciência na Escola, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que além da infraestrutura prevê a formação de professores, realização de feiras e olimpíadas científicas e a presença de pesquisadores em sala de aula. Outros 90, com foco em audiovisual e games, estão sendo viabilizados com recursos da Secti e por meio de emendas parlamentares.