Autoras destacam papel da literatura infantil: “De 0 a 120 anos”

Nesta sexta-feira, 8, na área infantil Mabel Velloso, durante a Flipelô estiveram presentes diversos autores de livros infantis. Em entrevista ao Grupo A TARDE, as escritoras falaram sobre a importância da literatura na formação de crianças e adolescentes.A escritora, palhaça e bióloga de formação Carla Chastinet, de 60 anos, contou que começou a escrever aos 50 e que, atualmente, vive da arte voltada para a alegria das crianças. Na entrevista, ela brincou que seus livros são para crianças de todas as idades.

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“Eu estou expondo uma literatura que escrevo para crianças de 0 a 120 anos. Fiz uma pesquisa e, depois dos 120 anos, ninguém mais tem interesse em ler livro infantil”, brincou.Ainda segundo Carla, a existência de eventos como a Flipelô é crucial para a aproximação do público com os livros:”Essas feiras literárias são fantásticas, porque ficam à disposição para o público conhecer. Às vezes, as pessoas têm muito receio de entrar em livrarias […] Mesmo que não comprem, já veem que existe, já conversam, já despertam a curiosidade.”Expondo na Flipelô cinco livros de sua autoria, Rita Queiroz, de 61 anos, afirma perceber uma mudança no cenário da literatura infantil, com crianças sendo apresentadas à leitura e desenvolvendo o gosto por ela.

Rita Queiroz durante a Flipelô

|  Foto: Agatha Victoria

“Eu acho que está havendo um movimento para tirar as crianças desse predomínio das telas e das redes sociais. Elas estão voltando a ter contato com o livro para pegar, brincar, desenhar e pintar também”, explicou.Já Fernanda Serrano, de 52 anos, é nutricionista e escritora de literatura infantil, abordando em suas histórias a aproximação das crianças com a alimentação saudável e com uma boa rotina, destacando a importância dos livros nesse processo.“É muito importante, porque a forma mais genuína de chegar até a criança é através de um livro infantil”, afirmou.

Fernanda Serrano durante a Flipelô

|  Foto: Agatha Victoria

Ao final da entrevista ao Grupo A TARDE, Ela ainda sugere formas de afastar as crianças do celular e das redes sociais:“Participar de todas as brincadeiras de antigamente já é um bom começo, não é? Essa vivência, esse cotidiano, esse dia a dia em casa com a família também é fundamental”, finalizou.

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