
Cerimônia marca 1 ano da queda de avião da VoePass em Vinhedo (SP)
Reprodução/Jornal Nacional
Um dos piores acidentes aéreos da história do Brasil completou um ano neste sábado (9).
A cerimônia ecumênica reuniu parentes das vítimas vindos do Paraná e de outras regiões. Ao lado do filho do casal, a viúva do copiloto Humberto Alencar descreveu o companheiro como profissional dedicado.
“O Humberto, ele sabia exatamente o que estava fazendo. E fez. Ele fez o melhor que ele pode fazer para salvar aquelas vidas e para que outras vidas não fossem ceifadas”, diz Rosana Maria Ferreira, viúva do copiloto.
As famílias se emocionaram durante a exibição do vídeo com os nomes de passageiros e tripulantes.
A cerimônia terminou em uma área verde onde as famílias plantaram uma muda de ipê branco para simbolizar as vidas das vítimas. Um ano depois, a tragédia uniu centenas de pessoas que permanecem de luto e ainda buscam por respostas.
O avião, com 58 passageiros e quatro tripulantes, decolou de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos. Mas caiu num condomínio residencial em Vinhedo minutos antes do pouso.
As investigações preliminares apontam falha no sistema de degelo das asas.
Um ex-funcionário da Voepass disse ao g1 que um outro piloto identificou o problema no equipamento, mas não reportou oficialmente no livro de bordo.
O Cenipa, órgão da Aeronáutica que investiga acidentes aéreos, deve concluir o relatório ainda neste ano.
” O que a gente quer agora é ouvir o que aconteceu , o que realmente ocorreu. E a gente quer que o culpados sejam punidos. Se tinha como ser evitado, por que não foi?”, questiona Luiz Soper Júnior, que perdeu a irmã, Débora Soper Ávila, no acidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil identificou uma série de irregularidades operacionais e proibiu a Voepass de operar voos no Brasil.
A empresa afirmou que colabora com as investigações.