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“Estamos passando por uma reestruturação. Na 19ª rodada tivemos a estreia de três jogadores, Ramon, Romário e Aitor, e acredito muito nesse grupo. Acredito que o segundo turno vai ser diferente, começando pelo próximo jogo em casa contra o Juventude”, avaliou.A esperança, novamente, mora no Barradão. Contando sempre com a força da torcida rubro-negra, comprovadamente vital para o time, Carille pede que o desagrado dos torcedores com a equipe seja deixado de lado em prol da conquista de mais jogos no segundo turno.”Eles (a torcida) estarem chateados, a gente entende, nós também estamos, mas ninguém vai jogar a toalha. Ninguém pode jogar a toalha e a gente conta muito com o apoio do torcedor para a gente dar essa virada dentro da competição”, pediu.Mas como o Vitória pode passar a vencer fora de casa?Sem o comando de Carille na maior parte do primeiro turno que formou a estatística, o Leão da Barra está se adaptando a um novo estrategista, que promete trazer mais sucesso longe do Barradão na segunda metade do torneio.”Já tive essa experiência. A gente não tem que olhar para os adversários, mas sim olhar só para nós. Tem uma pontuação a ser atingida, e é essa pontuação que a gente vai buscar, pensando a cada jogo, a cada decisão, e a próxima decisão, com certeza, é o Juventude dentro de casa”, opinou.”O grupo está sendo reformulado dentro da competição, no meio do campeonato. Os jogadores são qualificados, e todos vão se entender, todos vão crescer a partir do momento que o entrosamento melhorar”, continuou.”Eu acredito no trabalho. Sempre foi isso. As coisas que eu conquistei, onde eu cheguei, foi pela questão do trabalho. Não vejo outra forma (de começar a vencer fora de casa). É passar muita confiança para esses atletas, eles acreditarem é o princípio de tudo, entrosando mais a equipe. Isso faz muito parte do meu trabalho, para a gente reverter essa situação nesses 19 jogos que faltam”, finalizou.Testes de estratégia Até aqui, o técnico vem tentando e testando a cada jogo. Chegando a testar até mesmo um 4 – 2 – 4, Carille vem experimentando com o elenco do Vitória, buscando a formação que dê o melhor resultado.”O 4-2-4 foi para ter mais força pelos lados, com dois jogadores de área para ver se a gente incomodava mais o São Paulo. Na sequência, um pouquinho depois da mudança, acabamos tomando um gol de bola parada, e isso atrapalha mesmo os planos naquela altura do jogo”, afirmou.O que não funcionou, o professor garante que sabe, e o motivo também. “Alternei ali com uma linha de quatro e, em alguns momentos, com uma linha de cinco, o Braga saindo desse ala para dar um suporte ali para o Edu. A gente tinha que ter trabalhado melhor as inversões, sair pelo lado oposto, mas muitas vezes continuamos forçando a jogada pelo lado onde estava mais fechado”, analisou.”Na parte final do jogo, a gente fez bem isso, encontrando o lado oposto para poder entrar no campo adversário. Teve uma movimentação do Romarinho muito boa, para um cara que estava quase três meses sem jogar. Mas foi isso, faltou a gente também, no primeiro tempo, tivemos alguns erros técnicos que a gente não pode aceitar, erros de passe simples entregando a bola para o adversário, onde, nesses momentos do jogo, é importante ficar com a gente, fazer o adversário correr atrás da gente. Mas vamos crescer, vamos crescer com o trabalho e a dedicação de todos”, completou.DesfalquesA missão de Carille, no entanto, não é nada simples. Com o time recheado de desfalques, oito atletas retidos no departamento médico – alguns sem previsão de volta – e outros dois suspensos, o treinador precisa dar a volta por cima com um elenco improvisado.”Estamos analisando tudo com calma. A gente está falando de um contexto, de um jogo, mas ficaram dois laterais recuperando, ficaram jogadores de meio de campo, Baralhas, o Pepê que a gente estava achando que poderia vir para o jogo e não veio. Fiquei sem um jogador ali”, disse. Outra opção é trazer novos reforços, já que a janela de transferências do meio do ano ainda está aberta. “Se o mercado mostrar algo que nos acrescente, a gente tem que sentar com a diretoria e pensar. Mas no momento eu vejo que a gente tem jogadores para todo o setor, só foi uma questão mesmo desse jogo”, pensou.”A gente perdeu o Ismael no último treino com uma dor no joelho, Baralhas, Claudinho, Raul, enfim, Pepê que foi por questão da expulsão do jogo contra o Bahia. Então, a gente tem jogadores em todos os setores, tem dois, tem três jogadores, só que, nesse jogo aqui, infelizmente, aconteceram várias coisas que nos impediram de ter todos à disposição”, disse.Apesar do otimismo, é inegável que os desfalques foram sentidos: “A gente tem que ser realista e sincero naquilo que vê. Até na montagem do time hoje a gente teve um pouco de dificuldade, pelas ausências”.O Vitória depende, então, do heroísmo de algumas peças, a exemplo de Claudinho, muito ressaltado pelo professor na coletiva pela resistência que demonstrou.”O Claudinho foi muito homem no segundo tempo, porque já jogou e já foi para o primeiro tempo com uma pancada no tornozelo, onde foi medicado para voltar e ficou até o fim. A gente tem que ressaltar isso do Claudinho, que eu acho que muitos jogadores ali iam pedir para sair, ele ficou até o fim”, elogiou.Outros atletas, no entanto, não tiveram os mesmos elogios. “Lucas Arcanjo pouco trabalhou na partida. Tomamos o gol de uma infiltração pela direita, que a gente sabe que o São Paulo vem fazendo muito bem”, analisou.”Depois um segundo gol de bola parada. Tivemos a chance, logo na volta do segundo tempo, de um passe do Romarinho para o Osvaldo, de empatar o jogo que o Kayser chega atrasado. Então, a gente sabe que pode ser melhor e vai ser com o trabalho, com a dedicação de todos”, finalizou.