A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclareceu em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (12), novos detalhes sobre a investigação do homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, morto com um tiro em Belo Horizonte nessa segunda-feira (11). Renê Junior, marido delegada Ana Paula Balbino Nogueira, da PCMG, foi preso na tarde dessa segunda-feira (11) suspeito de cometer o homicídio. Em depoimento, ele negou a autoria do crime.
Renê Junior foi preso em flagrante enquanto malhava em uma academia localizada no bairro Estoril, na região Oeste de BH, poucas horas após o crime. A PCMG realizou investigações iniciais que comprovaram, por meio de testemunhas, identificações de imagens e o calibre da arma utilizada, que Renê Junior havia cometido o crime. Por isso, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e deve ser cumprida ainda nesta terça-feira (12).
O suspeito disse que não possui porte de armas e negou a autoria do crime. Segundo a PCMG, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira entregou as armas de fogo de uso particular e de uso corporativo aos policiais, que passarão por perícia em um processo que dura dez dias. A servidora foi conduzida à delegacia, onde prestou depoimento informando que Renê Junior não possuía acesso ao armamento e que, portanto, desconhecia qualquer envolvimento dele em prática criminosa.
Em depoimento, Renê Junior negou que estava no local dos fatos. Ele disse que saiu de casa nessa segunda-feira (11) e pegou trânsito incomum enquanto se dirigia até a empresa dele, localizada em Betim, onde ficou até o horário do almoço. Depois, o suspeito contou que retornou à residência, trocou de roupa e saiu para passear com os cachorros. Após isso, ele afirmou que deixou os animais em casa e se dirigiu à academia, onde foi abordado por policiais militares. De acordo a PCMG, ele negou qualquer fato extra que havia ocorrido durante o dia. No entanto, ele confirmou que a delegada possuía duas armas de fogo na residência deles.
Ainda conforme a PCMG, as investigações estão em fase inicial, e um procedimento administrativo disciplinar correcional foi instaurado para apurar o envolvimento da servidora. Como a arma não foi encontrada no local do crime, os policiais não podem confirmar o envolvimento de Ana Paula Balbino Nogueira. Ela permanecerá no cargo até que seja demonstrado qualquer tipo de responsabilidade pela corregedoria da Polícia Civil.
Renê Junior será investigado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e dificultar a defesa da vítima, além de responder pela ameaça feita à motorista do veículo. Ainda nesta terça-feira (12), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deferiu o pedido da defesa para que o processo tramite em segredo.
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