Os dois acusados de matar Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, participaram nesta terça-feira (12) da audiência de instrução e julgamento no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Réus confessos, Lucas Rodrigues Pimentel e Thiago Schafer Sampaio tiveram a oportunidade de se manifestar diante da juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza. Ao fim da sessão, o advogado de Thiago pediu a instauração de incidente de insanidade mental para o cliente.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o primeiro a ser interrogado foi Thiago Schafer Sampaio, que respondeu apenas as perguntas da defesa. Já Lucas Rodrigues Pimentel não respondeu nenhuma pergunta e usou o direito de permanecer em silêncio.
Os advogados de defesa e os acusados, presos preventivamente, participaram de forma virtual. Estiveram presentes as advogadas assistentes de acusação e também a promotora de Justiça.
Ao final da audiência, o advogado de Thiago solicitou que fosse instaurado incidente de insanidade mental para o acusado. Segundo a defesa, depoimentos de testemunhas e do próprio réu indicaram possíveis sinais de comprometimento de sua saúde mental.
Diante do pedido, o representante de Lucas Pimentel requereu que, em caso de deferimento, o processo não seja desmembrado para que não haja prejuízo à defesa do outro réu.
A juíza determinou que o Ministério Público se manifeste sobre os requerimentos até o dia 18 de agosto.
Relembre o caso
O crime, que chocou a capital mineira, ocorreu em março deste ano. Clara Maria, que trabalhava como auxiliar de cozinha, foi encontrada morta e enterrada no quintal da casa de Thiago, no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha.
A jovem desapareceu na noite de 9 de março, após informar a um amigo que iria até a casa do ex-colega de trabalho para cobrar uma dívida de R$ 400. Mensagens de texto com uma linguagem incomum, enviadas do celular de Clara após o horário em que ela deveria ter chegado em casa, levantaram suspeitas.
O amigo acionou a polícia, que localizou o corpo e prendeu a dupla no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha.
Embora ambos os réus tenham confessado a depoimentos à polícia, os eles apresentaram versões divergentes quanto à motivação.
Thiago alegou que Lucas queria matar Clara por raiva, devido a um episódio em que jovem o repreendeu por fazer uma saudação nazista meses antes, em um bar. Lucas, por sua vez, minimizou a discussão e afirmou que o plano partiu de Thiago, que pretendia roubar o dinheiro da conta bancária da vítima.
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