O governo brasileiro definiu sua estratégia para enfrentar o impacto econômico do tarifaço anunciado por Donald Trump contra exportações do país. De acordo com fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty, não há previsão de contato direto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente norte-americano. A aposta é em medidas econômicas internas, ampliação de mercados e fortalecimento de alianças estratégicas.
Entre as ações previstas, Lula deve assinar nesta quarta-feira (13), às 11h30, uma medida provisória com incentivos e políticas voltadas a mitigar os danos aos setores mais afetados. A estratégia inclui a intensificação de negociações comerciais com a União Europeia, com o objetivo de acelerar a conclusão do acordo Mercosul-UE, e o fortalecimento de parcerias com potências como China, Rússia e Índia.
O Brasil também acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar formalmente as tarifas impostas pelos EUA, movimento considerado mais simbólico, mas que reforça a postura de contestação no cenário internacional.
Enquanto empresários pressionam por um diálogo direto entre Lula e Trump, acreditando que apenas uma negociação presidencial poderia reduzir as tensões, o Planalto avalia que o momento não é favorável a gestos diplomáticos com Washington. As recentes tensões, como o cancelamento da reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, reforçam a percepção de distanciamento político.
Assim, o governo mantém a prioridade em diversificar parceiros comerciais e consolidar apoio internacional, em uma postura que alia pragmatismo econômico e cálculo político para enfrentar um dos maiores desafios comerciais dos últimos anos.
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