A TIPA apresentou um painel solar 3D com promessa de revolucionar a geração fotovoltaica. O equipamento, projetado para captar luz de qualquer direção, poderia gerar até três vezes mais energia por metro quadrado em relação aos módulos convencionais, segundo a empresa. O design combina uma lente superior transparente, módulos hexagonais de silício, um espelho interno para redirecionar a luz não aproveitada e uma base selada contra poeira e umidade.
A proposta é aplicável em diversos cenários, como telhados residenciais e comerciais, galpões industriais, estações de recarga para veículos elétricos, barcos e até sistemas off-grid.
Como funciona a tecnologia
A estrutura da TIPA se diferencia por:
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Lente de captação ampla: recebe luz solar em múltiplos ângulos, dispensando rastreamento.
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Módulos em formato hexagonal: aumentam a área de exposição e facilitam a montagem.
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Espelho refletor interno: redireciona a luz não absorvida para outros módulos.
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Proteção total: tampa inferior garante vedação contra poeira e umidade.
Segundo a empresa, esse conjunto permitiria atingir até 60% de eficiência combinada, contra 22% a 23% de módulos convencionais de silício.
O ponto de divergência
Especialistas em energia solar questionam a viabilidade física da proposta, sobretudo a alegação de reaproveitar até 80% da luz não convertida no primeiro contato. Argumentam que a maior parte dessa energia se transforma em calor, e não em luz refletida, tornando improvável alcançar a eficiência anunciada.
Testes independentes ainda não foram divulgados, e há pedidos para que medições sejam feitas por laboratórios reconhecidos, com dados técnicos completos e auditáveis.
O projeto já recebeu investimento de capital privado e apoio governamental no Reino Unido para o desenvolvimento de protótipos. A TIPA mantém atualizações sobre o avanço do produto e a formação de parcerias comerciais, mas enfrenta a pressão de entregar resultados que confirmem as promessas feitas.
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