Violência doméstica e morte por atropelamento: conheça o histórico do empresário suspeito de matar gari em BH

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, apontado como assassino do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, não passa pela primeira investigação policial da vida dele. Documentos aos quais o BHAZ teve acesso indicam um histórico de denúncias contra ele em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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O registro mais antigo identificado, até o momento, é de 2003. Na época, o empresário foi acusado de lesão corporal  em um episódio na casa onde vivia, na cidade de Belford Roxo (RJ).

Já em 2011, uma mulher morreu atropelada por ele, no Recreio dos Bandeirantes, na região Oeste do Rio de Janeiro. Na época, o caso foi classificado como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

Informações sobre outros casos foram reveladas em um ofício do Conselho Nacional do Ministério Público. O documento discute em qual estado os inquéritos deveriam correr, já que a promotoria fluminense alegou que o caso deveria correr em São Paulo, já que os dois teriam relação.

O inquérito policial 912.03386/2021 foi instaurado, segundo o CNMP, para investigar a suposta agressão sofrida pela mulher, em dezembro de 2021, em Cotia, São Paulo, onde o casal morava. Segundo a denúncia, o ataque causou lesões corporais graves na vítima. O caso aconteceu no mesmo ano de separação deles.

Por outro lado, a investigação fluminense coloca Renê como vítima de ameaças em um caso registrado na região do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro de 2024. As circunstâncias não são esclarecidas pelo Conselho, mas o documento indica que as autoras do delito eram a ex-esposa do empresário e a mãe dela.

O artigo 147-A do Código Penal, citado no processo, define o crime de perseguição, conhecido como stalking. Ele ocorre quando alguém, de forma repetida e por qualquer meio, ameaça a integridade física ou psicológica de outra pessoa, restringe sua locomoção ou invade sua privacidade.

A conselheira Cíntia Menezes Brunetta foi a relatora sobre o impasse de mudança de cidade de uma das investigações. No voto, ela não achou a troca viável, alegando que o procedimento pode aumentar os custos processuais e tornar a investigação mais lenta.

“Com efeito, os eventos ocorreram em contextos completamente diversos e não há indícios de que a suposta ameaça tenha sido motivada ou que tenha qualquer relação com a agressão sofrida por XXXXXX em dezembro de 2021. Pelo contrário, verificou-se que a ameaça decorreu de questões alheias ao incidente anterior, relacionadas a uma ação de divórcio que atualmente tramita na Comarca do Rio de Janeiro”, cita a relatora.

Ao BHAZ, o Tribunal de Justiça de São Pablo informou que o processo em questão tramita sob segredo de justiça, portanto as informações e documentos nos autos são de acesso restrito às partes e advogados.

A reportagem também procurou o Ministério Público do Rio de Janeiro para saber sobre o status dos procedimentos e aguarda retorno.

Procurada pelo BHAZ, a defesa de Renê disse que não vai se manifestar por enquanto.

Morte de gari

O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi morto a tiro durante o trabalho, nessa segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, após uma discussão de trânsito.

Segundo a Polícia Militar, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47, dirigia um SUV e hesitou em passar ao lado de um caminhão de coleta parado na rua Jequitibá. Irritado, passou a xingar e ameaçar a motorista.

Testemunhas contaram que os garis desceram para acalmar a situação, mas Renê saiu do carro já armado, perguntou se estavam “duvidando” dele e atirou, atingindo o abdômen de Laudemir.

Horas depois, Renê foi preso em uma academia na avenida Raja Gabaglia, no bairro Estoril, na região oeste da cidade.

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