A maison Valentino anunciou a saída de seu CEO, Jacopo Venturini, em uma decisão descrita como consensual. O executivo deixou o cargo na última quarta-feira, 13, para “dar uma pausa por motivos pessoais”, segundo comunicado oficial da marca.
A mudança acontece em um momento decisivo para a grife italiana, que vem passando por uma reformulação estratégica sob influência de seu novo diretor criativo, Alessandro Michele — ex-Gucci — cuja primeira coleção para a Valentino será apresentada em Paris, na primavera de 2026. A confiança em Michele segue firme, e a Valentino reafirma seu comprometimento com o designer.
O que vem a seguir?
De acordo com o portal WWD, ainda não há substituto anunciado para Venturini, mas fontes próximas à marca indicam que a definição acontecerá em breve. Sua saída marca o fim de uma jornada significativa com a maison. Onde liderou a partir de junho de 2020, após longa trajetória em nomes como Gucci e Prada.
Na Valentino, Venturini foi peça-chave no reposicionamento da marca como uma casa de alta-costura, encerrando linhas como a Red Valentino e apostando na expansão de retail em mercados estratégicos como a China. Apesar dos avanços criativos e estratégicos, a Valentino enfrentou um cenário financeiro desafiador. Em 2024, registrou queda de 3% nas vendas, somando 1,31 bilhão de euros, além de um recuo de 22% no lucro operacional.
Entretanto, esses números surgem em meio à reestruturação acionária iniciada com a aquisição de 30% da Valentino pela Kering, em julho de 2023. O grupo francês, que controla marcas como Saint Laurent e Balenciaga, poderá assumir o controle total da maison até 2028.
Por fim, com a chegada de Luca de Meo como novo CEO da Kering em setembro, o mercado especula novas negociações com o fundo qatari Mayhoola, atual controlador da Valentino. Além disso, executivos de peso como Francesca Bellettini vêm sendo cotados para assumir novas lideranças dentro do setor. Incluindo uma possível movimentação rumo à própria Valentino.
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